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Até que o Teclado se Rompa!

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." (Martin Luther King)

Até que o Teclado se Rompa!

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." (Martin Luther King)

J.Ferreira

Medina Carreira ( Isto vai acabar mal )

Um bem-haja a todos os Portugueses que corajosamente se indignaram pelo encerramento de urgências de hospitais, de maternidades, e, sobretudo aos pais que se esforçaram por lutar contra o encerramento das escolas!... A educação é um bem fundamental e a igualdade de oportunidades consagrada na lei está, seriamente, em perigo...

 
Temos motivos de sobra para demonstrar o nosso descontentamento.  Afinal, se os governantes cobram impostos por igual a todos os cidadãos, os cidadãos têm toda a legitimidade para exigir do Estado igualdade de oportunidades de aprendizagem para os seus filhos. E não é com mudança de estabelecimentos que se consegue esta igualdade. É com uma mudança na forma como se tratam os problemas da educação, com estabilidade nos projectos educativos... E não remando ao sabor de vontades antagónicas de governantes que, oriundos de diferentes quadrantes políticos, desconhecedores dos problemas reaias do terreno educativo (parecem cair de pára-quedas na pasta da educação transformando os alunos e professores em cobaias...), fazem remar o barco da educação para todos os pontos cardeais à espera de que, num tiro de sorte, cheguem um dia ao Norte que procuram.
De facto, os professores chegam ao seu posto por competência e depois de avaliados pro dezenas de professores doutores. Para Ministro, basta ser-se escolhido pelo chefe do partido que tem arrecadou mais votos na eleição. NBnote-se que a avaliação de um político que se candidata a governante não é feita em face das provas dadas mas de promessas eleitorais em que os cidadãos, ingénua ou obrigatoriamente (se não forem eleitos uns serão outros...) acreditam, quando mesmo não se limitam a "fazer o favor" de acreditar!
Por isso, cada vez que mudam os governantes, temos um novo rumo. E se as políticas implementadas no terreno pertencem a um partifdo diferente do recém-eleito, os novos governantes não se coíbem de acusar os professores pelo que não foi feito ou pelo que deveria ser feito... transformando-os em bodes expiatórios de todos os males...
Pois bem... Assim, nunca chegaremos a um objectivo.
Neste neo-liberalismo selvagem, em que a lei do  mais forte pretensamente deu lugar à lei do mais "competente" (não se sabe bem em que critérios se fundamenta esta avaliação, sendio que o caciquismo e os partidos vão prevalecer sobre a verdadeira avaliação que deveria ser feita) parece encantar muitos dos novos políticos de esquerda... Afinal, onde está a personalização do indivíduo? De que vai alimentar-se o mais fraco? De subsídios?
Enfim... depois da deslocalização das empresas, assistimos agora à deslocalização das escolas... Na verdade, se uns têm escola perto de casa, os outros têm direito de manter as suas escolas mais perto possível para que o tempo dispendido nos percursos casa-escola-casa, no que respeita ao tempo gasto nas viagens o qual condiciona a predisposição para o estudo (que permite consolidar as aprendizagens) , não seja motivador para uns e cansativo e desgastante para outros. Esta coisa de igualdade de oportunidades apenas no que dá jeito ao Estado, com medidas que em nada resolvem o problema do insucesso escolar dos jovens como é a ideia de enviar as crianças de escolas (algumas com mais de 25 alunos) todas para um mesmo espaço escolar que apenas serve paraq reduzir o númerod e professores, colocar uma grande salgalhada nas escolas, com um único intuito: poupar dinheiro. COm efeito, o facto de estarem mais alunos numa mesma escola só garante mais problemas de comportamento, de indisciplina, de organização... O factod e serem muitos não garante que haja uma maior convivência nem mesmo uma convivência com maior númerod e alunos. Aliás incentiva a formação de grupos "os da terra" e os "invasores" ... Desenvolve lógicas de "grupos de poder" no espaço escolar, como acontece com as "aulas de substituição" rejeitadas, liminarmente, pelos alunos e que mais não servem do que para os manter dentro de salas de aula todo o tempo.
Se a escola é um espaço apra conviver, para se socializarem as crianças, por que motivo terá inventado a Senhora Ministra as aulas de substituição que nem deixam aos alunos senão uns curtos minutos de intervalo para poderem conviver?
Ou será que prefere ter a balbúrdia que teve na recepção que lhe fizeram? Isto... é digno de ser visto! Que pedagogia, Senhora Ministra. Imagine que um aluno lhe manda com uma cadeira à cabeça...? Que faz? Claro, a ver pelo exemplo que deu... acredito que lhe mandaria com outra... 
Não nos admiraríamos se, a partir deste ano lectivo, todas as universidades do país que formam professores viessem a projectar, nas aulas dos cursos "via ensino", as imagens da atitude desta Ministra da Educação... Obviamente, como exemplo paradigmático de "O QUE NÃO É UMA ATITUDE PEDAGÓGICA!"  
Agora imaginem um professor que respondesse à provocação de um aluno que agarra na cadeira e a lança... Imagino que, a aula estaria transformada num autêntica batalha campal... Agora imagine-se que a lança pela janela... Lá se ía o mobiliário! Para a Senhora Ministra talvez a atitude que tomou seja o exemplo de competência profissional  (que agora tanto quer avaliar os professores mas que a não tem!). Mas para os professores das muitas escolas do país, que vivem na escola a maior parte da sua vida (há que dar ao facto a sua devida ênfase, vivem na escola  e não em gabinetes como os docentes do Ensino Superior e os Ministros...!) esta atitude é, no mínimo, reprovável. Ou será este tipo de atitude que a Senhora Ministra quer ver sancionado como exemplo paradigmático do que deve ser uma atitude socializadora pedagógica verdadeiramente socializadora? Desafiamo-vos a ver e escutar um testemunho duma "peripécia" pouco digna de um qualquer educador... Muit menos de uma Minitstra! Por certo exige uma acuidade auditiva escutem atentamente, no vídeo do Youtube o que diz um aluno (entre os 12 e os 16 segundos): Eu não avcredito nisto". Cremos que está tudo dito sobre como vêem os alunos a competência desta Ministra...
 
Título: A Postura da Senhora Ministra 
Argumento: Discurso da Entrega de Prémios
Actriz Principal: Maria de Lurdes Rodrigues
Milu sobe ao palco, é apupada e então... grita: "uuuuuuu"

Por que não dá às crianças a oportunidade de se socializarem verdadeiramente, colocando nas escolas outros profissionais especializados na dinamização de tempos livres? Enfim, o Sucesso escolar nunca esteve na mente desta Ministra da Educação quando implementou muitas das medidas que tem levado a cabo. Estas medidas educativas, não passam de pura demagogia para enganar os cidadãos que que a Ministra acredita ainda serem todas do tipo Zé-povinho (analfabeto, cego, surdo e mudo...) Pois bem... Fie-se, fie-se, Senhora Ministra e enganar-se-á, redondamente! O Zé-povinho não é analfabeto... E no dia do voto... vai lá estar!
 
Na verdade, se analisarmos os mais diversos resultados dos estudos internacionais sobre Sucesso ou Insucesso Escolar, os alunos portugueses nunca apareceram como sendo os que apresentam maiores problemas de Socialização.
Então, pergunta-se:
Qual o verdadeiro motivo por que querem juntar tão elevado número de crianças no mesmo espaço escolar?
Se o problema é de Insucesso Escolar (como dizia a Ministra) e sabendo-se que em especial no 1.º Ciclo em que há vários grupos com necessidades e ritmos personalizados, pergunta-se:
Por que motivo não colocam mais salas de aula em funcionamento reduzindo o número de alunos por turma?
 
A Senhora Ministra estará em condições de prometer mais Sucesso Escolar se os alunos forem para outras escolas? Que garantias pode dar aos pais?
 
Como pode atrever-se a afirmar tal coisa se todos sabemos que há muitas escolas numerosas em que os resultados escolares são também maus?
 
Como se as crianças agora se têm de levantar muito mais cedo, apanhar transporte, andar ao frio e à chuva mais tempo, chegam a casa mais tarde... etc. etc. ? Onde estudam? Quando? E onde brincam? Com quem?
 
Os pais têm de ter consciência de que, se no Ministério da Educação existe alguém que de facto se interessa pela aprendizagem dos seus filhos... são os professores! Tranquilizem-se os pais. Mas não se calem! É com os professores que os pais podem contar. Depois... os Ministros passam... Os professores ficam.
 
Antes poderíamos dizer “Sempre que se investimos na Educação caminhamos para encerrar uma Prisão”.
Hoje, creio que os governos encontraram outra solução. Despenalização de um maior número de crimes, absolvição de outros tantos criminosos... O mesmo é dizer que, o politicamente correcto, conduziu à necessidade de abrir as portas da prisão... Por isso já podem fechar as escolas.
 
A Senhora Ministra da Educação diz que as suas medidas visam a melhoria das aprendizagens das crianças e o seu maior Sucesso Escolar...!!!!
Uma ova!!! - diria o Zé! - Tudo tretas... É só o metal... Dinheiro!!!...
 
Como o Zé, todos sabemos qual o verdadeiro motivo que levou a Senhora Ministra da Educação a encerrar as escolas, a dividir a Carreira Docente (com um concurso absurdo!) em Professor "Professor" e Professor "Professor Titular". Ele nunca esteve tão "à vista" desarmada. Basta não se sofrer de "cegueira auditiva". Todos sabemos que é possível combater o Insucesso Escolar  com medidas pró-activas, (re)construtivas de um Sistema de Ensino que demonstrou estar a melhorar os seus resultados após uma década (1990-2000) de formação dos quadros de docentes, de reformas curriculares, de melhorias e investimentos tecnológicos (meios informáticos e outros) e o empenho dos profissionais, que nelas passam a maior parte das suas vidas, e que "não foram tidos nem achados" nem pelo Ministério nem pelo Governo. Os professores mereciam um pouco mais de respeito da parte dos políticos...
 
O Insucesso Escolar não se combate com medidas destrutivas do sistema de ensino, que desenraizam as crianças dos seus lugares, das suas aldeias, das suas origens...
Por isso, o encerramento das escolas nada tema  ver com o Sucesso ou Insucesso Escolar mas, obviamente, com os necessários Cortes no Orçamento da Educação que permitam aos governantes continuar a desperdiçar dinheiros públicos noutras vertentes, como sejam as nomeações, destituições, etc... etc... e sobretudo garantir que possam continuar a ser pagos ordenados e subvenções a gestores públicos e políticos.
Deixemo-nos de engodo... Os portugueses merecem uma explicação racional, séria... Mais valia ao governo assumir que o que está em causa com todas estas Reformas emanadas do Ministério da Educação, não é o combate ao Insucesso Escolar mas antes fazer com que Portugal cumpra os valores do déficit. E ponto final.

E, não tenhamos dúvidas de que, a esta Ministra seria melhor ter Sócrates distribuído a pasta das Finanças, e não da Educação. Se atentarmos na sua prática 8desde o fecho das escolas até à redefinição do Estatuto da Carreira Docente (altamente penalizador da carreira dos professores), já não deixou dúvidas de que também ela, adora o efeito caterpillar. Ainda que estivesse pouco credenciada, o seu mandato na educação ficará para a mória como o da destruição das escolas, da motivação, do gosto pela profissão e pelo ensino por parte de muitos dos professores qeu se viram traídos nas suas expectativas (tempo de serviço para chegar à reforma que teve um aumento drástico para muitos a quem, por uma questão de dias, semanas ou até de alguns meses, viram a idade da reforma dilatar-se em mais de 10 ou 11 anos!).

Enfim. A atitude de desencanto de muitos professores acaba com uma (in)satisfação que poderá ser resumida a uma frase simples que resume a que estão condenadas as reformas de muitos Ministros menos competentes e que permite dar um pouco de energia aos profissioanis que, contrariamente a esta mnistra, tanto investiram directamente na Educação das crianças portuguesas e que sossegam em muito os pais deste país:

"Os Ministros passam! Os professores ficam!" E esta Ministra não escapará à regra. Até que um dia os Portugueses sejam capazes de dar "O grito do Ipiranga" na Educação.

Por isso, muitas das suas medidas (que vão certamente demonstrar serem um autêntico fracasso) têm os dias contados.

Enfim, estamos governados por políticos que muito criticavam o Governo anterior (claro, enquanto estavam na oposição!) mas que acabaram por chegar ao poder e agravar drasticamente as condiçoes de vida de milhares de portugueses, colocando Portugal na cauda da Europa dos 25...!
 

Que nos tenhamos de resignar face às investidas governamentais contra as escolas, os habitantes das povoações mais serranas... Não! Há que lutar contra o encerramento das escolas...