E Vivam Os Irlandeses! Uma Europa de Burocratas
J.Ferreira
Foi em 1973 que o primeiro-ministro irlandês assinou o tratado de adesão à Comunidade Económica Europeia. Um ano antes, 82 por cento dos irlandeses tinham votado a favor.
Uma pergunta se torna imediatamente óbvia:
Que terá acontecido à Europa...?
De facto... Nesta Europa que se queria fazer crer que (re)Nasce em Lisboa, e depois do que recentemente tem acontecido sem que a Europa seja capaz de colocar um travão às grandes empresas (o poder das petrolíferas ataca... os grandes dominam... cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, os cidadãos europeus já não acreditam nos políticos, estão cansados de ser sacrificados (sobretudo depois da introdução da nova moeda) tornaram-se mais desconfiados... No entanto, só alguns têm a possibilidade de se manifestar como é o caso da Irlanda, um dos poucos países desta Europa que ainda prezam a democracia e não temem seguir o veredicto da consulta popular... Só governantes com cariz ditatorial (como os que temos em Portugal) é que têm medo da consulta popular... Apelam a ela quando lhes dá jeito mas temem-na quando querem amordaçar o povo...
Por isso, o NÃO dos Irlandeses é UMA LUFADA DE AR FRESCO para os portugueses, a quem Sócrates não quis dar voz, ratificando no parlamento, à socapa, este NOVO TRATADO.
Os Portugueses deveriam estar agradecidos aos Irlandeses… Eles SIM… Mais do que o pseudo-socialista Sócrates e seus Amigos do Governo e deputados do Parlamento, os irlandeses obrigam a Europa a reflectir… A falta de democracia em Portugal, foi bem demonstrada quando José Sócrates decide não fazer um Referendo sobre o Tratado Europeu de Lisboa mas, poucos anos antes (claro, por falta de coragem política para legislar e fazer aprovar no parlamento o que depois acabou por ter de fazer pois, dizia-se, era uma promessa eleitoral!...), considera necessária a consulta popular e gasta uns largos milhões aos cofres do Estado (que somos todos nós, os que pagam os seus impostos!) para referendar uma possível alteração à Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez (veja Aqui os nossos posts sobre o tema...)
E decide fazer aprovar o Tratado de Lisboa no Parlamento, sem a consulta popular passando um atestado de menoridade ao povo, ou de iliteracia porque para ele, esta matéria não está acessível à maioria da população... (A continuar assim este caminhos tortuosos por que está a passar a nossa democracia, um dia ainda teremos referendos só para doutores e engenheiros... ).
Sócrates, de facto, ao ter medo da consulta popular veio demonstrar que este NOVO o Projecto da EUROPA é um PROJECTO que se baseia na DITADURA de uns quantos ELEITOS que não cumprem as suas promessas… O Governo de Sócrates, como tantos outros que o seguiram, foi um dos primeiros a contribuir para se construísse uma EUROPA DA MENTIRA em quem o povo Europeu já não sente confiança. E se mais "Não" foram evitados foi porque referendaram nos Parlamentos sem escutar a população dos mais diversos países...
Este é o tipo de dirigentes de que temos de nos livrar… Estes novos democratas (ou antes pseudo-democratas?!) são oo mesmos que permitem que o povo europeu continue a sofrer com base na maior mentira do século: o aumento do petróleo (com a consequente legitimação do aumento dos combustíveis petrolíferos). Veja com seus próprios olhos e, não se deixe enganar por políticos incompetentes que nem a humildade de António Guterres têm (lembram-se, certamente, do cálculo do valor do PIB quando acabou respondendo aos jornalistas: "façam vocês as contas"!). Que não restem dúvidas: esta é a Europa que permite que os governos continuem a mentir aos cidadãos. Todos os governos sabem muito bem que o dólar é que está a desvalorizar... que hoje compram mais petróleo com menos euros pelo que A SUBIDA DO PREÇO DO PETRÓLEO É UMA MENTIRA.. Veja Aqui ... ""
E já agora permitam-me que dê aqui um sonante "Viva a Irlanda", um ainda mais forte, "Vivam os Políticos Democratas Irlandeses", um estrondoso "Viva o Povo Irlandês" e... sobretudo que expresse aqui o "Muito Obrigado" de, pelo menos, um cidadão Português.
Tenho dito... E tu? Que opinas?