Marcha e Luta Pela Dignidade Profissional
J.Ferreira
Marcha e Luta Pela Dignidade Profissional
Digamos todos: BASTA! Abaixo o Medo... Não Faltes!
Os professores têm a obrigação de demonstrar a este Governo que quando o destino é o abismo, "a única forma de seguir em frente é... Dar um passo atrás!
Por uma Avaliação Justa.
Pelo Retorno à Carreira Única.
Se querem copiar modelos de avaliação dos professores, copiem o da nossa vizinha Espanha que partiu depois de nós para a democracia... e deixaram-nos para trás.
Já no dia 8 de Novembro estaremos todos em Lisboa...
E no dia 15 de Novembro, voltatremos, se o Governo quiser continuar com sua Cegueira Auditiva.
Recebemos e divulgamos:
"Uma escola, um autocarro
No dia 15 de Novembro eu vou estar na Avenida da Liberdade (pelo simbolismo de quem se sente acorrentado a grelhas, fichas, evidências, planos e outras enormidades), em Lisboa, protegido pelo direito de manifestação que a Constituição (artigo 45º)* me confere e em nome da minha consciência e dignidade profissionais, pelo que desta vez represento-me a mim próprio e não alieno a minha vontade a intérpretes, generais ou negociadores de nenhum tipo. Até porque não há nada para negociar com esta equipa ministerial. Nesta fase, o tempo é, tão-só, de rejeição e eu rejeito, incondicionalmente, a divisão arbitrária dos professores e este modelo de avaliação. Ponto final.
Para que a iniciativa traduza a dimensão e a intensidade do nosso repúdio, basta que, em cada escola/agrupamento, alguns professores mais voluntariosos organizem as inscrições/pagamentos e aluguem um autocarro.
É minha percepção que esta manifestação só terá sucesso se puder ser lida por cada professor, sindicalizado ou não sindicalizado, como a "sua" inalienável oportunidade de dizer que não aceita este modelo de avaliação. Por conseguinte, esta não deve ser a manifestação de nenhum sindicato, pois muitos professores não adeririam, mas também não deve ser a manifestação de nenhum movimento ou associação à procura de protagonismo ou carta de alforria, porque afastaria os colegas identificados com os sindicatos. Esta deve ser a manifestação de todos e de cada um dos educadores e professores portugueses, sem mais!
Por outro lado, só quem se encontra distanciado e dessensibilizado relativamente ao quotidiano das escolas e à constatação do desencanto de uns (que os leva a anteciparem a sua reforma, fortemente penalizados, após décadas de dedicação à escola) e do actual agastamento de quase todos os outros, pode defender tomadas de posição para mais tarde. Eu e os colegas com quem me relaciono recusamos ser cobaias de qualquer estratégia política ou pessoal delineada à custa dos professores, pelo que não vamos esperar pelo esgotamento físico e psíquico de alguns, pelas injustiças e o caos nas escolas, pela inimizade que possa emergir entre outros, para mostrarmos a nossa indignação. É um imperativo de respeito, de humanidade e de dedicação à escola!
Sobre este governo, esta equipa ministerial, seus apaniguados e seus cúmplices (aplausos, silêncios, colagens, dicas subliminares de desmobilização do tipo "não vai resultar"…), apenas me ocorre o seguinte: nenhum governo de nenhuma sociedade evoluída e civilizada hostiliza os seus professores.
Como a manifestação não esgota outras formas de oposição a esta política educativa persecutória da nossa dignidade profissional, cada professor e cada escola saberão enveredar pelas formas de resistência mais eficazes. A este propósito, participo na divulgação das mais corajosas e coloco em anexo os documentos que as consubstanciam.
Abraço,
Octávio V Gonçalves "
Todos a Lisboa. Pela defesa da dignidade profissional.