J.Ferreira
“Que Motivos Terão Levado Sócrates a Pedir Transferência de Universidade”?
Diz-se que, “política e futebol sempre andaram de mãos dadas”. Quem não gostaria de ter Cristiano Ronaldo na sua equipa… no seu historial… O caso Sócrates se para mais não serviu, pelo menos permitiu demonstrar o erro deste “lugar comum”. Há pois que reformular a máxima “Política, futebol e Universidades, sempre andaram de mãos dadas!”.
Porque terá o “cidadão José Sócrates”, inscrito no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), pedido a transferência para a Universidade Independente (UI)? Ou antes, deveremos questionar se não terá mesmo sido muito difícil à UI conseguir “o passe” do aluno e “governante José Sócrates” tendo por isso aceitado algumas regras que violavam a legislação sobre transferência de alunos entre universidades (isto cheira a problemas como os da transferência de jogadores como “o caso Mateus”)...
Vantagens para a UI? Claro. Para além de nome de Filósofo, o já “governante José Sócrates” veio a demonstrar competências de excelência nas cinco disciplinas que lhe colocaram no menu da equivalência (a acreditar que as classificações obtidas correspondiam aos seus conhecimentos…)
Ora, se estava inscrito no ISEL e apenas lhe faltavam 5 disciplinas, por que foi mudar de Universidade…! Bem, se a intenção era prestigiar a UI (ou será que era o contrário?), percebe-se perfeitamente “a nova aquisição” do antes “cidadão” mas agora “governante” José Sócrates. E se isso, constituía para a UI um motivo de orgulho e de prestígio … compreende-se. Aliás, se atentarmos nos comentários dos seus novos professores (ou amigos?!... que vieram afirmar (na comunicação social) que José Sócrates era tão sábio (genética do nome…) que nem precisava de fazer mais nenhuma disciplina para ter a licenciatura. E que o haviam obrigado a fazer essas 5 disciplinas para prestigiar o curso….! Afinal, José Sócrates “governante” até foi uma vítima… vejam só…. Pobrezinho… Deviam era ter pena dele...
Centremo-nos, agora, sobre a distância entre as duas universidades (na mesma cidade…). Era assim tão longe uma da outra? Ou será que essa era a única forma de conseguir altas médias nas disciplinas ministradas pelos professores da UI? Seria a distância um motivo que justificasse, seriamente, a transferência de José Sócrates para a UI...?
Por que motivo, apenas passados tantos anos e, exactamente no ano em que chegou ao poder, José Sócrates terá decidido completar a licenciatura…? Andaria até então assim tão ocupado que lhe tivesse faltado o tempo para o fazer antes ou foi mera falta de “disposição”? Ou simplesmente de “condições” …? Talvez, tenha sido esta última… Por isso deveremos todos compreender muito bem a falta de “condições”...!
Todos os alunos ficam com a garantia de que a Engenharia é, de facto, uma grande arte. Existe uma enorme diferença, de facto, entre a visão afunilada da actual Ministra da Educação do Governo (chefiado por José Sócrates) e o Sr. Primeiro-ministro e Engenheiro, José Sócrates.
Enquanto aquela, em vez de investir nas escolas para melhorar os sucesso dos alunos preferiu usar a “implosão virtual do insucesso escolar”, encerrando milhares de escolas do interior, José Sócrates caminhando como que “Pela Mão de Alice”, encontrou na Universidade Independente (por motivos legitimamente do foro pessoal…) o “código postal” para o seu próprio Sucesso Escolar, o que lhe permitiu concluir a sua licenciatura em engenharia, título que já merecia, não fosse por mais, pelo número de anos que passara utilizando o título de “Engenheiro”.
Grande arte…, diga-se. Mais que o diploma de Engenheiro, a Universidade Independente dever-lhe-ia ter atribuído, o diploma de Arquitecto. Mas… haveria alguém capaz de arquitectar uma estratégia de Sucesso Escolar tão eficaz...!? Sócrates, é de facto, “Um Homem de Sucesso”.
Pai da arte e do segredo do sucesso, ensina-nos um Grande Lição: correspondendo precisamente à mais moderna teoria educativa imposta pelos políticos, Sócrates torna-se, assim, no exemplo vivo para muitos dos "alunos que não saem da cepa torta”.
Focalizemos agora a atenção na média final do Sr. Engenheiro… Será que não fica tudo explicado!
Teria tido Sócrates, noutras circunstâncias, “condições” para conseguir efectivamente altas notas como o fez…? Teria tido até então “condições” tão efectivas de garantia de Sucesso e consequente conclusão das disciplinas que lhe faltariam no ISEL?…. Poderá encontrar-se aqui a explicação para a transferência da universidade?… Onde estava matriculado, conseguiria concluir as disciplinas com as médias altíssimas que obteve, tendo em conta que esteve tantos anos afastado das lidas estudantis?
De facto, fiquei estupefacto ao ver como, mesmo com as notas altíssimas, José Sócrates acaba por terminar a licenciatura com uma média de apenas 14 valores. Ora, se cada um de nós analisar a média obtida nas 5 disciplinas que lhe permitiram terminar o curso, poderá retirar daí as ilações que desejar...
De facto, estranha-se que, um aluno tão brilhante, tenha trocado uma universidade de prestígio reconhecido e inquestionável por outra onde afinal tudo é como se está a ver...! Por que o terá feito?...
Teria José Sócrates chegado a concluir a licenciatura se tivesse continuado na Universidade onde estava inscrito? Admitamos que sim... Mas, teria ele concluído as ditas disciplinas todas com dezoitos e dezassetes?
Admitamos também que sim... porém, com notas tão altas, por que se ficou com uma média final de apenas 14 valores? Que notas trazia no seu currículo, para se ficar pelos 14 valores de média final?
Os verdadeiros motivos que levaram Sócrates a mudar de Universidade só ele os sabe... E o mais importante não será adivinhar... mas todos gostaríamos de perceber!
Na ditadura, o povo é governado por uma espécie rara: uns tantos cidadãos incompetentes que se julgam sábios impedem os outros cidadãos, por vezes bem mais competentes, de chegarem a ser um pouco mais sábios que eles... O que é muito mau para o povo. mas, na democracia, também tudo pode acontecer. Quantas vezes vemos políticos a enganar-nos, que mentem e se apresentam como sendo o que, de facto, não são!...
Depois... quando são cometidos erros, pagam com a responsabilidade política. “Responsabilidade Política”, que significa? “Ausência de Responsabilidade”.
E pode um povo ser governado assim? Por irresponsáveis que são eleitos... mudam as leis e as regras independentemente do que possam causar às pessoas?...
E depois?... Claro, raramente (ou quase nunca) pagam pelos danos causados… E se há que indemnizar alguém pelos erros que cometem, são os contribuintes portugueses que pagam a factura com os seus impostos… Aliás, criar casos que permitam as indemnizações de uns tantos, parece ser uma boa estratégia que começa a ganhar adeptos dentro da irresponsabilidade dos políticos… Apenas focalizando-nos nos concursos públicos que são levados a efeito pelos políticos e governantes, quantos milhões não foram pagos pelos contribuintes portugueses em indemnizações provocadas por decisões irresponsáveis dos políticos?
Não admira que cada vez mais portugueses se sintam desencantados com a democracia e tenham um certo saudosismo dos tempos em que outros ditadores menos democratas governavam este país... Por isso, não nos espantemos que, num concurso tão ridículo quanto absurdo, o povo português tenha eleito Salazar como “O Maior Português de Sempre”…
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