O Público noticiou e nós, no quadro de um espírito crítico subjacente à filosofia socrática, comentamos.
Como se calcula o limite de velocidade para uma estrada?
Com que viatura? Com um Toyota, um BMW, um Ferrari ou com um Panda? Por que não se é mais original e se coloca uma velocidade diferente conforme a qualidade da segurança apresentadas pelas viaturas, certificadas pelas fábricas e posteriormente ajustadas no momento da Inspecção?
Afinal, para que servem os testes e a inspecção automóvel?
Por que não constar do documento da inspecção, a velocidade máxima que permite à viatura circular com segurança…? Falta-lhes a fórmula ou não querem aplicar para poder multar mais gente?
Será que, numa estada nacional, onde o limite permitido é de 80 Kms/h, duas viaturas diferentes que circulem nessa estrada, ainda que inspeccionadas e aprovadas pelas entidades competentes, não apresentam o mesmo grau de segurança. Ora, deixemo-nos de tretas e de igualdade. A velocidade é igual para todos mas uns que cumprem os limites podem ser autênticos assassinos na estrada e outros que desrespeitam o limite de velocidade serem cidadãos condutores muito mais responsáveis, que adaptam a sua condução ao estado da via, à visibilidade, ao tráfego, às presença ou não de pessoas a circular nas bermas... etc, etc. Ora, pela lei que temos (e seguramente que tão cedo não vamos mudar a lei pois não temos políticos competentes capazes de inovar talvez porque seria um absurdo se voltássemos a ser aventureiros e pioneiros (?!) como no tempo dos descobrimentos cruzando mares a velocidades sem qualquer garantia de nos mantermos emersos!), e circulando na via pública, duas viaturas totalmente distintas como é o caso do Fiat Panda e do Mercedes, ainda que a fiabilidade e segurança de uma seja totalmente distinta da outra, têm o mesmo limite de velocidade !
Pois nós não duvidamos que, nessa mesma estrada, tememos muito mais o despiste ou incapacidde de parar de um Fiat Panda a 80 kms do que um Mercedes ainda que a 100 Km/h que viola os limites legais afixados na sinalização vertical (colocados sabe-se lá com que regras e por quem em termos de competência para o fazer!).
Percebem agora porque Espanha coloca limites mais elevados nas estradas nacionais…? É que não há a caça à multa. O cidadão, com educação, adapta a sua velocidade à viatura e só porque a estrada lhe permite 100 kms/hora não significa que ele circule a essa velocidade se vai num Panda mas por certo aproveita para circular a 100 se conduz um carro mais seguro. Em Portugal, nada disto. Há um acidente com um Panda a 70 Kms numa determinada estrada, días depois alteram o limite para 50 Kms/hora! E já está... É só mais uns quantos que vão pagar multa...… E já está. Paga o justo pelo pecador… O que importa é poder multar… e todos estamos sempre de acordo com a estupidez dos governantes…
Por que permitem os Estados, de todo o mundo e não apenas europeus, que as construtoras continuem a produzir viaturas que matam mais que a DROGA proveniente da Colombia?
Gastamos um monte de PASTA para apreender "uma gota de água no Oceano" e os MAIORAIS a rirem-se (Claro, no dia seguinte ela dobra o preço no mercado negro)... Vemos os polícias felizes a mostrarem na Televisão a apreensão que vai (?!!!) ser queimada! O quê? Tanto investimento para a apreender e depois queimar? Por que é que o ESTADO não pratica o DUMPING para que o mercado deixe de ser vantajoso para o traficante?
Bom. certamente pelo mesmo motivo (pressão de grupos de interesse...?!) não proibem as construtoras de fabricar os carros que colocam no mercado a atingir velocidades exageradas. E já agora, tendo em conta a evolução tecnológica das viaturas (e a qualidade do asfalto!) não poderia alterar-se para 140 Kms na auto-estrada? Não! Continuaremos com o limite do tempo da outra senhora... E até quando? Sempre. Para o Estado, interessa é encher os cofres com multas... A vida das pessoas... que se lixe! Afinal que é isso de vidas humanas..? O que interessa é o "bendito" nas carteiras dos políticos... O resto? Só lérias, lérias... Certo?! (Se não é assim, para que fecham as maternidades e os serviços de saúde? Estão preocupados com a vida das pessoas, dos cidadãos? Então... porque se obrigam os contribuintes a trabalhar até à morte...?
As estradas em Portgal são o que são. E não vale a pena criticá-las. As cartas de condução valem o que valem. E de nada serve criticar as escolas de condução… (Ou até sim, num país em que os cidadãos parecem ávidos de avaliar a competência dos profesores ainda que de ensino nada percebam!). Mas será que valeria a pena saber de que escolas de condução são oriundos os condutores que provocam ou estão envolvidos em mais e mais graves acidentes?)
Num país onde o sistema educativo tem a culpa de todos os males, admira que não tenham ainda culpado os professores pelos acidentes nas estradas, pelos sinais que estão derrubados nas bermas, pelas árvores que os escondem, pela estupidez com que se decide se uma linha deve ser contínua ou descontínua...
Com a mesma leviandade que se permite colocar paragens de autocarro de 100 em 100 metros (entendem por que a população juvenil está cada vez mais obesa, não?) quando há décadas atrás apenas existiam com uma distancia de 500 metros (ou mais, no caso de ser fora dos grandes centros populacionais… claro!).
Quem não se farta de ir atrás de um camião ou camioneta, de um autocarro (ou o que quer que seja) a circular 30 Kms/hora abaixo do permitido? Pode um cidadão andar na estrada a emperrar o trânsito? Por que não se multa quem cria atrás de si filas desmesuradas de viaturas circulando a 30 ou 40 Kms onde é permitido circular a 70 ou 80 Kms/hora (por prazer de ir na estrada como se fosse a passear ou a um casamento, eu sei lá!)
Depois, aqueles que trabalham e que têm de apresentar serviço, ficam impacientes e fartam-se de ter que seguir atrás destes exemplos que temos e Zás, lá vai uma manobra perigosa para o deixar para trás… E, não será assim tão poucas vezes que têm de pisar linhas contínuas se se querem livrar do tal autocarro que os “persegue” circulando na sua frente todo o percurso, entre duas cidades. Querem exemplos? Partindo de Braga, ao chegar a Arnoso Santa Maria (se for na direcção de V.N. de Famalicão) ou em Sande, antes de chegar a Caldelas (Taipas) se for na direcção de Guimarães... Mas isto tem uma explicação que radica na nossa forma de (des)organização e de (des)coordenação entre quem decide. No exemplo referido, a estrada entre Braga e Guimarães, nos poucos locais em que se permitia ultrapassar, colocaram gasolineiras a meio das rectas com zebras e faixas especialmente dedicadas aos senhores magnatas das petrolíferas para que qualquer condutor possa atravessar para o outro lado para atestar o seu depósito...?!! Isto sim! Assim é que se planifica bem a circulação rodoviária!...
Em Portugal a opção é clara... Culpar o cidadão para que se possa multá-lo... No Luxemburgo, entre a cidade do mesmo nome e Echternach, situada a cerca de 80 Kms de distância daquela, viajamos de autocarro num percurso de cerca de pouco mais de uma hora com paragens sempre fora da via principal... Em Portugal, entre duas cidades de dimensão considerável temos mais paragens na via pública que passageiros a circular nos transportes públicos. É o pára e arranca constante. E a paciência a esgotar-se para um trabalhador que, na lógica da produtividade e progressão salarial em função do que produz, cada vez mais tem de apresentar rendimento ao seu patrão. Como pode um motorista cumprir metas se a sinalização é uma desgraça...? Como pode um taxista servir um cliente levado-o num percurso entre duas cidades se o cliente vê que afinal todo o percurso teve de ir atrás do autocarro? Como se pode ser um país da frente da Europa com uma política rodoviária e de urbanismo que impede a normal circulação, a uma velocidade aceitável?
Ora, com tamanha incompetência no que respeita à gestão do tráfego, como pode Portugal ser um país com a veleidade de querer situar-se entre os melhores da Europa se num percurso de 20 Kms (como o de entre Braga e Guimarães) apresentando limites de velociade entre 50 e 70 Kms/hora um taxista (para cumprir os limites, respeitar as linhas contínuas e as passadeiras, os locais de ultrapassagem, os semáforos limitadores de velocidade... etc... ) leva mais de uma hora?
Com tanta falta de trabalho, com a crise instalada e tanta gente no desemprego, por que não coloca o Governo o ano de 2010 ou 2012 como limite para a tolerância ZERO quanto às paragens de autocarros na faixa de rodagem? Será que isto não iria contribuir para uma circulação mais tranquila, redução do tempo passado dentro da viatura e do consequente aumento do nervosismo dos condutores que os leva a circular no limite do risco, colocando em causa a sua e a vida dos outros?
E já agora, colocar 2012 como o ano em que a Tolerância ZERO aos placares de publicidade (fixos ou electrónicos) que são colocados em locais perigosos como curvas e cruzamentos (veja-se só o que existe em Braga, numa curva cheia de acidentes como é a via rápida junto ao BRAGAPARQUE, FEIRA-NOVA e ao OUTLET)
Há uns anos atrás, precisamente quando se decidiu culpabilizar os condutores pela sinistralidade rodoviária, inventou-se a inspecção automóvel e apresentou-se como a panaceia para diminuir os números gravosos... Ora, quanto mais seguro lhe parece o carro que aprovou na inspecção mais o Zé acelera como se fosse um campeão!
Depois, veio a TOLERÂNCIA ZERO... E a sinistralidade continuou... Colocaram-se limitadores com radar para que circulassem todos a velocidade mais moderada... E as passadeiras, as guias sonoras... mas tudo deu em quê? "Águas de Bacalhau"! Ou seja... O resultado destas medidas miraculosas foi, na voz do Zé Povinho, "tudo como dantes, quartel general em Abrantes"...!
Depois, como não resultou, veio a diminuição do valor de álcool no sangue... e a criminalização de condutores que excedem determinados limites (ainda que nunca tenham provocado qualquer acidente!) E a sinistralidade continuou...
Que fazer? Bem... parece que agora sim. O Governo parece que descobriu a pólvora: algo que já existe pela Europa fora (onde continuama a haver acidentes também..., ou será que estou enganado?) Claro que existem... Mas, tendo melhores condições de pavimento, maior amplitude das vias, com duas faixas num memsmo sentido, colocadas alternadamente e em locais onde o bom-senso o aconselha (e com as PARAGENS para o transporte público FORA DA VIA!) obém-se uma circulação rápida sem colocar em perigo ninguém. Para o provar, basta que sigam a EN 120 de Espanha — em nada melhor que a de Braga Guimaraes, onde os limites são de 80, 90 e 100 Kms/hora (quer em rectas quer em curvas, dependendo unicamente do via! — e depressa se darão conta do que falamos. Ali sim... Os 160 Kms que separam Ourense de Ponferrada (Galícia e León) podem percorrer-se em apenas 2 horas. Pois uma ida e volta de Braga Guimarães, apenas 40 Kms leva o emsmo tempo que 160 Kms percorrer em Espanha...
Percebem os leitores por que ficamos cada vez mais para trás?... Por que são os portugueses que mais pagam pelas coisas, que ganham menos, que menos produzem na Europa?... E a culpa? Morre sempre solteira... Estes nossos governantes não têm vergonha? Incrível. São as duas estradas nacionais... De equivalente qualidade! Onde diferem se até encontramos povoações com os mesmos nomes que vemos em Portugal?
Simples. Se no futebol (e na TAP) se vai buscar ao estrangeitro os competentes, há que vir a Lei Bosman para os partidos. Queremos que se aplica na Europa a Lei Bosman para os políticos!. Que venham políticos estrangeiros mais competentes governar este país...!
É triste mas, de facto, qualquer semelhança com Portugal, é pura coincidência! O Mal é que a Espanha, em 1974, vivia na Ditadura e estava atrás de Portugal em desenvolvimento... Mas, como bem organizados que são, "agarram o touro pelos cornos" e, se necessário for, matam-no! Não andam com rodeios...
Enfim... Preparemo-nos para outra ideia luminosa... Venham as leis que vierem, enquanto não houver uma política que sirva apenas a circulação rodoviária e que nela pense de fporma integrada, a sinistralidade apenas mudará de culpado!
E os políticos bem podem continuar a fazer leis que elas apenas irão servir para encherem os cofres do Estado.
Agora copia-se "a carta por pontos...". Pois venha ela, meus amigos! Mas desde já pergunto, qual será o próximo coelho a tirar da cartola. É que o próximo “idiota” por certo terá como um dado adquirido que o civismo deve vir de exeplo de quem decide. Que a competência, quando se exige, primeiro se deve demonstrar… Pois, enquanto não entenderem que os objectivos se conquistam pela Educação dos cidadãos e não pela repressão… bem continuaremos a ser o povo que somos: desorganizados e perdidos nesta Europa cada vez mais competitiva….
Carta por pontos… Para quem vai ser penalizadora? Ora, para quem tiver pasta e carro de alta cilindrada, a multa será “O MENOS” não é verdade?. Depois, a justiça e os tribunais nem terão coragem de prender ou multar o “senhor fulano de tal”… Aí, teremos de facto uma ditadura… em que os senhores MINISTROS PODEM CIRCULAR na Auto-estrada a mais de 200 KMS/hora ... Ah... SENHORES MINISTROS...
Lembram-se da notícia em que o Exmo. Senhor Dr.Manuel Pinho. Ministro da Economia da República Portuguesa,que em 9 setembro de 2006 seguia na A1, perto de Leiria, circulando a 212km/h. Pois bem. Aqui está... Como esta velocidade é totalmente perigosa, Vossa Exª continua vivo.. Logo é um Herói! Que pena!... Não recebeu a dita bandeira... Depois, à comunicação social, V. Exa. viu-se forçado a justificar esta infracção alegando que circulava àquela velocidade por razões de interesse público." Bem vai ela... Que democracia é esta em que a lei não é para todos!... Invoca-se o interesse público e já se está autorizado a matar? Basta isso para os governantes poderem transformar-se em potenciais "assassinos na estrada", viajando a velocidades que eles mesmo colocaram na lei como "velocidades criminosas"? Ou será que a essa velocidade a lei não iria preso pela lei que o senhores fizeram?
Na verdade, esse é o reconhecimento de que a velocidade depende da viatura. Por certo, V.ª Ex.ª não circulava num Fiat Panda, verdade? Nem mesmo num Opel Corsa ou num Renault Clio (viaturas que muito gostamos, diga-se, sobretudo porque gastam pouca gasolina!). Não... É claro!... O Senhor não iria querer morrer... Para quê..? E logo com o salário que ganha, MORRER É QUE SERIA UM CRIME!...
Mas, na verdade, os ministros não são um perigo na estrada porque circulam com viaturas bastante fiáveis e seguras e que lhes dão a garantia de poder continuar a receber o saláriozinho de governantes... Se fosse como em Espanha em que os salários de altos cargos foram congelados bem que o senhor Ministro já poderia morrer. Assim como estamos em Portugal... há que sugar o suco da bananeira enquanto não apodrece esta "República dos Bananas"!...
Mas, isto de circular a grande velocidade ser um perigo é só para o cidadão comum... Para o Zé... Para o Tone e para ou o Chico!... Sim para esses que ganham uma miséria e, já que não chegarão nunca a milionários, bem que podem pagar as multazitas para comprar carros de alta cilindrada para os senhores ministros poderem chegar mais depressa onde querem. Mais. Em nome da segurança dos outros, nem convém que o cidadão comum circule assim tão depressa!... Eles, sim, os governantes, têm de circular a essa velocidade porque têm imensa vontade de trabalhar mais e melhor para os portugueses… E se morrerem, porque é disso que se trata. O objectivo de um ministro é buscar uma morte heróica ao serviço da nação pois só assim poderá candidatar-se a ser distinguido com uma BANDEIRA NACIONAL EM CIMA DA URNA e UM FUNERAL de ESTADO! ... Ou será que a velocidade não é perigosa para vossas excelências? Ah, claro. Se for uma pessoa importante, já não há perigo!
Que maravilha. Mas se assim é, nós também queremos ser Verdadeiramente Importantes Pessoas (VIP’s, portugueses, ok?)!… Será que se vai pasar o mesmo que se passou com aquele governante (muito famoso por ser engenheiro e, por mero acaso, o Primeiro Ministro de Portugal) e que, depois de ter sido apanhado a fumar num avião com outro ministro, defendeu-se com o argumento de que desconhecia que era proibido!… “Puxa, diría o Zé, mas afinal, queres ver que não foi o gajo que aprovou a lei?!... Será que fui eu?”
Sem dúvida. A política em Portugal não está voltada para a EDUCAÇÃO (desvaloriza-se o ensino, diminui-se o número de profesores e educadores) mas para a REPRESSÃO (penaliza-se os cidadãos e aumenta-se os efectivos nas fileiras da policía!) e o MEDO!.
Continuamos a imitar o que fazem os outros naquilo que é mais fácil... penalizar os condutores, punir o cidadão... Ajudá-lo a simplificar a sua vida... Nem pensar. O cidadão existe para ser castigado... domesticado... controlado... ... ... ... ... ATÉ QUANDO ?