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Até que o Teclado se Rompa!

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." (Martin Luther King)

Até que o Teclado se Rompa!

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." (Martin Luther King)

J.Ferreira

Ao destruir o Estatuto da Carreira Docente, elaborado e aprovado por Cavaco Silva quando era Primeiro-Ministro (agora conivente com um governo que, indirecta e, nalguns caso, directa e explicitamente, acaba por passar um atestado de incompetência a Cavaco!...), José Sócrates não visava resolver os problemas da Educação. De facto, eles nem sequer existiam... foram inventados por este governo. O povo nunca tinha saído à rua para manifestar-se contra qualquer uma das razões que este governo encontrou (inventou!) para atacar os professores. Se houvesse problemas com a educação teríamos pais na rua a manifestar-se, não é verdade? O facto é que, pese embora se sabe que, como em todas as profissões, haverá alguns menos dedicados ou menos profissionais, não havia problemas nas escolas; antres havia dedicação, cooperação, sentido de responsabilidade. Por isso a sociedade nunca tinha assistido a qualquer manifestação de pais numa luta contrra a actividade desenvolvida pelos professores. Se surgiram na comunicação alguns casos esporádicos de comportamentos desviantes de alguns docentes eles mereceram a intervenção da inspecção, pois para isso ela existe. Por isso,  os pais estavam tranquilos e Portugal não assitido a nenhuma manifestação de rua por motivos originados pela falta de qualidade do trabalho dos professores pois  a educação dos seus filhos decorria com a maior das normalidades: a escola pública tinha qualidade e o trabalho dos professores era efectuado com dedicação, profissionalismo e responsabilidade.
Porém, havia que criar alarido na opinião pública para justificar o “genocídio de carreiras” e começou o governo a mexer com os juízes e os tribunais (e recuou, ou porque lhes tem respeito ou porque lhes tem medo!); depois com os militares (e recuou, ou porque lhes tem respeito ou porque lhes tem medo!); depois com a polícia (e recuou, ou porque lhes tem respeito ou porque lhes tem medo!).
Agora, mantém o braço de ferro com os professores. E não quer recuar porque não nos tem respeito ou não nos tem medo!
A nossa única arma para demonstrar ao governo que temos direito a defender a nossa dignidade, a nossa carreira, é fazer com que os pais sintam a nossa falta. São os pais que elegem os governantes... Os pais são os responsáveis pelo estado de coisas a que chegou a educação dos filhos. São eles que apoiam estas medidas estúpidas e absurdas deste governo pois ele segue nas sondagens com a maioria (analisando, obviamente, a intenção de voto dos portugueses!). Que pais temos nós como parceiros na formação dos seus filho? Que querem os pais afinal? Colocar-se do lado de quem ajuda a formar os seus filhos ou dos governantes que lhes fecharam as urgências, as maternidades, os centros de saúde... etc. Etc.? Por que querem ver os professores avaliados por mecânicos, pintores, trolhas, empregados de limpeza, cultos e analfabetos?!...
Lembrem-se: os professores desempenham um papel fundamental na sociedade... Eles não só guardam as crianças e jovens no período em que estão na escola como os formam, os educam, os preparam para a vida em sociedade.
Ao Governo lembramos uma velha máxima: “Se a educação é cara, experimentem a ignorância”.
Aos pais dizemos simplesmente: Os vossos filho precisam de nós!... Somos a garantia do futuro. 

Se a Educação dos vossos filhos não é importante, deixem que a educação vá pelo caminho que vai! Deixem que os profissionais sejam cada vez mais desmoralizados, enxovalhados, desmotivados... Depois, não se queixem! Se agora dizem que não vêem ninguém que possa ser alternativa ao Governo (o que de modo algum subscrevemos!) em breve terão ainda mais dificuldade em descobrir alguém que possa ser alternativa. A solução será, obviamente, importar governantes da Finlandia!

 

J.Ferreira

Que nenhum Professor deixe de estar presente! E, se for caso disso, mandem o INEM levar-vos

Em entrevista à página electrónica da FENPROF, Mário Nogueira reafirma: "Entre suspensão e aplicação do actual modelo de avaliação, não há entendimentos nem soluções intermédias!"

Na próxima sexta-feira, dia 28 de Novembro, os Sindicatos de Professores voltam ao Ministério da Educação, convocados pelo ME, alegadamente para negociarem as medidas que este pretende adoptar, este ano, para simplificação do modelo em vigor.

Tendo em conta a realização dessa reunião e algumas dúvidas surgidas em torno da mesma, colocámos ao Secretário-Geral da FENPROF e porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores, Mário Nogueira, apenas quatro questões que tiveram respostas muito rápidas e objectivas.

1. — Qual será a posição que a FENPROF defenderá na reunião da próxima sexta-feira, no ME?
Mário Nogueira: Da parte da FENPROF, a posição é clara e converge com a de toda a Plataforma Sindical dos Professores: entre a suspensão do actual modelo e a sua aplicação, não existem soluções intermédias, logo, a suspensão é pressuposto de verificação obrigatória para qualquer outra discussão. Ou seja, e para que fique mais clara a posição, não há entendimento possível que não seja em torno da suspensão imediata do actual modelo. Essa é a posição da FENPROF, que colhe consenso na Plataforma Sindical dos Professores, é a posição dos professores e educadores e é a posição de um número crescente de escolas! Os professores podem confiar na FENPROF e na defesa determinada e sem concessões desta posição!

 

2. — Poderiam as medidas já anunciadas pelo ME corresponder a essa posição?
Mário Nogueira: Nem pensar! As medidas anunciadas pelo ME não vão nesse sentido e pretendem apenas permitir que o modelo se aplique. Um modelo que a FENPROF rejeita e que tem pressupostos inaceitáveis: o de que a carreira docente se organiza em categorias hierarquizadas; o de que o reconhecimento do mérito dos professores se deve sujeitar a quotas! Depois, é todo o desenvolvimento do modelo a agravar ainda mais estes pontos de partida.

 

Compreendendo que qualquer negociação só terá lugar depois de ter sido declarada a suspensão do modelo de avaliação  o que poderemos esperar se isso acontecer?

 Mário Nogueira: Suspenso o actual modelo de avaliação, a FENPROF, estará em condições de iniciar negociações com vista à aprovação de um novo modelo, no quadro de uma revisão do ECD que permita eliminar os seus aspectos mais negativos. É nesse sentido que tem em discussão pública uma proposta de modelo de avaliação. Em relação ao ano em curso, a FENPROF concorda que a saída não seja administrativa, mas não admite qualquer solução que consista na simplificação do modelo em vigor, pois esse é para suspender na totalidade. Essa discussão com o ME, no entanto, só fará sentido ou terá lugar depois de garantida a suspensão do modelo em vigor. Estamos preparados para propor uma solução que assente no modelo anterior (processo de auto-avaliação e apreciação pelo conselho pedagógico) e nada mais. Recordo que estamos praticamente no final do primeiro período lectivo. Se a equipa ministerial considera não ter condições políticas ou se não tiver a coragem política para suspender o modelo, deverá, então, dar o lugar a quem a tenha, pois dessa exigência os professores não abdicarão.

Quer dizer, então, que, caso o ME não suspenda a avaliação, os professores continuarão a sua luta?
Mário Nogueira: Claro e com mais força, determinação e convicção. As manifestações distritais desta semana serão importantíssimas, pois a sua dimensão, e eu penso que será fortíssima a participação dos professores, terá necessárias consequências na reunião da próxima sexta-feira. Apelo, por isso, a todos os professores: que nenhum deixe de estar presente!

 

J.Ferreira

Angry Teacher Breaks Mobile Phone

 

Ministra Chumbada. Recuo é Insuficiente.

Maria de Lurdes Rodrigues alterou alguns aspectos do sistema de avaliação mas garante que o processo continua.

Na verdade o essencial permanece. Ainda que todos venham a ter uma avaliação justa, de entre 8 professores "Muito Bons"  e 3 "Excelentes " numa escola de 20 professores, menos de metade ficarão a marcar passo na carreira.

Logo, este recuo é bem-vindo, reconhecendo a Ministra (sem o admitir, claro!) que a sua proposta era injusta e inaceitável.

Diz que "a observação das aulas apenas se realize por solicitação dos professores!" mas não deixou de acrescentar que "sendo todavia (esta observação) condição necessária para a obtenção da classificação de Muito Bom ou Excelente!"

Ora bolas... Presente envenenado! A ministra está a dizer claramente que, "quem não quer ser observado, não progredirá na carreira"! Ok... E se na escola acima referida (A melhor posicionada no "Ranking" em que, a crer no critério "resultados escolares dos alunos, anteriormente pela ministra inegociável!) estiverem colocados os melhores professores? Calro, se a maioria deles quiser submeter-se à observação de suas aulas e forem a todos forem avaliados com menção de "Muito Bom" e "Excelente", a Ministra tem a QUOTA como forma de rotular um avaliado com EXCELENTE passar a ter uma menção de RAZOÁVEL ou apenas BOM?

Creio qeu chegou a hora de demonstrar a muitos destes paizinhos incultos (como o Albino da CONFAP e a outros frustrados e ansiosos por se vingarem dos professores!) que os professores nunca pensaram fazer o mesmo com os seus filhinhos... É que, se os professores aplicarem o mesmo princípio da avaliação que a ministra criou e quer impor, os filhinhos daqueles que procuram uma escola de elite e uma turma onde possam aspirar a aprender e alcançar uma média que lhes permita entrar em medecina (por exemplo) já era! 

isto porqu, ainda que todos sejam excepcionais numa mesma turma (tal como os professores de uma mesma escola o podem ser!) em cada Turma, apenas poderá haver 5% de Excelentes, 10% de Muito Bons, 40% de Razoáveis e os restantes... Insuficiente!

Enfim... Que comentários fariam os pais na Internet?

Os professores são os únicos a defender a dignidade dos alunos! Nem mesmo os pais o fazem... por incompetência ignorância ou oq eu lhe queiram chamar... mas não por sabedoria... É que muitos dos licenciados pelas novas oportunidades andam agora a tecer comentários (televisivos, inclusivé!) como se fossem doutores em todas as matérias.  Todos percebem de tudo e são icompetentes em todas as áreas.. Os únicos que são incompetentes neste país, apesar de terem provada a sua competência com diplomas passados pelas universidades em dia súteis são, imagine-se ao que chegamos, os professores! Parece impossível como, sendo apenas 140.000 o país está na cauda da europa... Ora, meus caros. Os professores estão fartos e não aceitam ser os bodes expiatórios... Muito menos que, por detrás da necessidade de controlar o défice (quando se esbanja dinheiro a céu aberto como se sabe apra determinados boys ou empresas...) sejam os sacrificados e ainda por cima, enxovalhados por iletrados, analfabetos, ignorantes, enfim... mal educados! BASTA !

 

 

A luta tem de continuar. Sou titular e não quero ser avaliador.

FIM À DIvisão da carreira em Duas Categorias. Há Professores que não são Titulares que são t bons ou meljhotres do que eu e que não estão nesta categoria por falta de Tempod e Serviço ou dos ditos incríveis pontos, atribuídos de forma absurda pelo desempenho de determinados cargos, ou, simplesmente, por um professor ter tido a sorte de , desde num determindao período não ter tido necessidade de FALTAR e, pelos mais diversos motivos, ter faltado LEGALMENTE!

 

Não À Divisão da Carreira.

Quero Voltar a Ser PROFESSOR como os meus pares.

Quero poder colaborar sem ser penalizado.

Quero deixar de ser O EGOÍSTA a que me obriga esta MINISTRA com a forma de progressão que criou premiando os que apresentarem melhor performance nops resultados escolares!

Quero voltar a partilhar as estratégias de sucesso com os meus pares!

Na veradde, como muitos meus colegas, sempre o fiz e a senhora ministra veio negar esta evidência colaborativa ao afirmar que os professores não estão habituados a trabalhar em equipa ou a cooperar.

Esta Ministra promoveu uma divisão artificial da Carreira Docente, acreditando que os mais velhos são sempre mais competentes e que os mais novos só podem chegar a essa competêncai ao fim de 18 anos de carreira... Como é possível... Apliquem isso ao futebol... e verão que esta é a maior falácia de todos os séculos.

Espero não chegar aos 65 anos senil...E poder olhar para trás e ver que os povo português, afinal, não é estúpido!

Aos sindicatos apelo para que não baixem os braços. Ganhamos uma batalha. Não nos façam dar meia volta. Acabaremos perdendo esta Guerra. Não pedimos guerra. Foi esta Ministra e muitos dos pais que a pediram!

Amamos o que fazemos. Somos os que mais se preocupam com a vida dos jovens... Da felicidade e do sucesso dos jovens depende o nosso sucesso profissional.

Os critérios de avaliação são um absurdo! Fomos avaliados no estágio e por docentes do ensino superior. Agora, vêm de novo as aulas assistidas, quantas das vezes pelos titulares que esta ministra nomeou que passaram a vida em gabinetes e como tal obtiveram pontos para acederem à nova (e absurda) categoria.

O processo de avaliação em Espanha nada tem a ver com esta palhaçada... E, não sei se já repararam no fosso que nos separa da nossa vizinha Espanha quando a democracia chegou àquele pañis um ano depois de ter chegado a Portugal... De quem é a culpa? Já vamos com 17 governos... Eles apenas levam 4! Façam as contas a quantos já estão a "mamar" na teta da cabritinha e`percebam por que motivo não há dinheiro nos cofres portugueses... faz falta uma "Lei Bosman" para a política. Vieram os jogadores estrangeiros para os clubes de futebol.. venham políticos estrangeiros governar este país... Mandemos estes para a Somália ou para a Birmânia...!

Continuamos na cauda da Europa, e agora cada vez mais longe do "pelotão da frente". Estamos a ser ultrapassados pelos países recém-chegados à União Europeia. E os políticos, no lugar de resolverem os problemas do país, perseguem os professores, entretêm-se com manobras de diversão como se a política e o goveno do país fosse um jogo virtual.

Senhora MInistra. Está a jogar com pessoas reais, com profesosres que também são pais e já nem tempo têm para atender aos seus filhos. Em breve serão uns tantos mais a junatr-se ao conjunto de marginais que a sociedade está a formar...

Persigam os que trabalham, como os professores... os que pagam impostos como os trabalhadores e dêm subsídios a preguiçosos, reformas chorudas a políticos em tenra idade (40 anos!) e que acumularm com salários de milhares de euros e culpem os professores!

 

Para muitos professores, o objectivo educativo deveria ser evitar os jovens que educam nas saus escolas não sigam o caminho da marginalidade". Mas, esta Ministra pouco se importa se a maioria vai socializar-se ou ingressar nas cadeias...

Esta Ministra ainda não se deu conta de que "cada vez que encerramos uma escola devemos estar preparados para abrir uma prisão". Estamos a ver o que vai acontecer que, quando todos forem aprovados com MUITO BOM e EXCELENTE nos EXAMES NACIONAIS. Esta Ministra quer transformar todos os alunos em doutores, médicos e engenheiros...

Não vás na TRETA!  A LUTA continua... Ministra para a RUA !

 

J.Ferreira

Angry teacher in Seoul

 

Como dizia Eça de Queiroz, na sua obra Conde de Abranhos:

Este governo não cairá, porque não é um edifício. Sairá com benzina, porque é uma nódoa!”

 

Esta Ministra da Educação é uma falsa Ministra. Ela não serve a Educação! Usa a Educação para servir os seus fins. Esta Ministra é mais cega do que qualquer cego porque vê e faz de conta que não vê…

Esta Ministra é mais carrasca do que qualquer carrasco porque manda cometer injustiças e fecha os olhos aos injustiçados! Esta Ministra é mais surda do que os surdos… Ouve os que a contestam e até lhes dá razão, mas não muda…

 

Não é muda… e nunca muda! Mas tem lata de dizer que está “aberta ao diálogo”!… Diálogo? Mas o que é um diálogo para a Ministra maria de Lurdes Rodrigues? Simples. O somatório de dois monólogos?

Pois dizemos claramente "Não, obrigado!" Diálogos destes dispensamos pois não é este conceito nem este exemplo que, como professores, transmitimos aos nossos alunos… E não nos force a alterá-lo. De nada lhe serve, Senhora ministra. Os pais já perceberam por que caminhos a senhora vai., Lá diz o velho ditado popular: “diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és”… Pois bem. Cremos que os pais já nem precisam de saber com quem a Senhora Ministra andou… Já se inteiraram do tipo de pessoa sem escrúpulos têm à frente do Ministério da Educação. Pessoa que não olha a meios para atingir fins… Que prejudica as pessoas sem que olhe ao aspecto humano dos seus problemas… Aquele tipo de senhora que aprecia o diálogo de surdos em que sabe que vai sair facilmente vencedora porque é ela que legisla.

A senhora Ministra ouve mas faz-se de surda! Ou simplesmente gosta de se ouvir a si própria, sobretudo a fazer papel de “Inês”… daquela santinha que apenas quer o bem dos professores, melhorar as suas vidas. E tenta fazer crer a todos que somos nós, os professores, que somos “um bando de incompetentes e de estúpidos” que nem se dão conta da bondade das suas propostas e que lhe deveriam até agradecer! Sim… sobretudo deveríamos agradecer-lhe a carrada de porrada financeira que levámos na cabeça e na nossa carreira profissional!...

 

Temos uma Ministra Tão Teimosa quanto Incompetente … Temos uma Ministra que não é capaz de ver que, quando o destino é o abismo, o melhor passo a dar em frente é fazer marcha-atrás.

 

Nem perante as evidências do descontentamento, da injustiça do sistema de avaliação que nos tem cativos a todos desde que este governo pseudo-socialista tomou posse (congelou carreiras, passou a idade da reforma para depois da morte de muitos e agora pretende deixá-los todos “à beira de um ataque de nervos”, talvez assim os leve à loucura e depois ao suicídio e evite ter de pagar-lhes a reforma… Desde a camada de papéis modelos e outras papeladas, às reuniões e outras fantochadas até à venda de computadores (de que os professores da vizinha Espanha se riem e não compreendem!) as exigências aos professores de Portugal não param

 

Esclarecemos melhor este ponto. Dantes eram os funcionários bancários que tentavam vender computadores e outros bens, na perspectiva bem bancária de ganhar dinheiro não só com as vendas de bens mas também porque cobravam juros sobre os créditos e financiamentos dos referidos bens. Hoje, este governo socialista atribui às escolas (leia-se, aos professores) uma função publicitária própria de outros organismos como sejam os bancos…Tamanha é a com fusão que vai na cabeça dos responsáveis deste governo sobre a função do professor que, de tão díspar (ou disparatada) passam a ser agentes publicidade e de venda e de promoção (oferta) de equipamentos informáticos… Pergunta-se: Em nome de quê e de quem? Para onde vamos? Pois bem… Descubra o caro leitor que nós, os professores, já nem tempo para isso temos!

 

Quando na nossa vizinha Espanha (que não cremos imune à crise internacional…!) se diminui o tempo de trabalho directo dos professores com os alunos (de 25 para 22 horas!), deixando-lhes espaço temporal para uma maior cooperação e uma melhor e mais eficaz preparação do trabalho, Portugal aumenta o tempo de trabalho directo com os alunos, diminui o tempo disponível para preparação de aulas e cooperação entre profissionais, realização de projectos, etc.… Onde copiou o modelo? Claro está: as exigências são copiadas de um país avançado como é a Finlândia; os recursos e a avaliação dos profissionais são copiados de um país americano, de nível terceiro-mundista! …

 

O mais grave é que são ditadas por uma senhora (que não se sabe como chegou algum dia a ser professora, na verdadeira acepção da palavra!) que mais parece ter alguma contas a ajustar com algum ou alguns professores… ora, se sofre de algum trauma por causa de algum professor que se lhe atravessou na estrada da vida, que o resolva em psiquiatria! … Agora, que por isso pretende enviar todos os demais professores para o manicómio é que não faz qualquer sentido.

 

Não nos restam dúvidas de que, toda esta campanha visa destruir a imagem social dos professores conquistada ao longo de mais de uma década com esforço, dedicação e empenho na formação de gerações de jovens que hoje governam este país, para que, suportados em falsidades possam obter o apoio do povo para a implosão da carreira docente e a consequente retirada de direitos legitimamente conquistados. Os portugueses que abram os olhos. Tal como o confessou o Secretário de Estado, estas mudanças não têm por objectivo melhorar a educação dos filhos dos portugueses!

 

Há uma década a esta parte, a política educativa governamental tem sido sempre assim: alguns dos (des)governantes iluminados pensam e decidem legislar; os professores são obrigados pela lei a executar o que aqueles decidiram; quase nunca aceitam as contestações dos profissionais que do assunto mais percebem. As leis que fazem, emanadas de tecnocratas (normalmente engenheiros ou outros que tal que de educação nada percebem!) apenas têm um único objectivo: mudar nem que seja para pior… os que vierem depois que voltem a malhar nos professores. Para isso é que são assalariados do Estado… Por isso é que o Estado quer continuar a controlar os professores e não lhes reconhece a constituição em uma ORDEM profissional como a dos médicos, dos advogados, dos juízes, dos enfermeiros, etc…

 

Com o objectivo de controlar o défice, cometem-se as maiores atrocidades educativas… E, atinge-se os salários, as carreiras e a idade de reforma. E espera este governo que os professores (esses super-homens e super-mulheres que nunca podem faltar, nem que seja para uma consulta especialista caso não haja médico do sistema nacional de saúde que a possa assegurar sem que tenha de ser visto uns anos depois de morto!), dos 60 aos 65 anos de idade (quando já nenhuma avó quer suportar nem mesmo os netos de seu sangue), sejam capazes não só de cuidar de 25 filhos de muitas mães como de lhes ministrar conhecimentos com elevada qualidade

 

Na verdade, o governo de Sócrates tentou “meter-se contra todos”: médicos, juízes, militares… Mas, não teve pedalada. E, cobardemente, recuou! E então Sócrates deve ter pensado: Ora bem? Quem nos resta? E uma luz se acendeu: Ah! Claro! Ainda nos resta uma Ministra! Ela será a nossa “Carrasca”. Preparem-se! É a nossa última hipótese. Há que apontar todas as armas possíveis e imaginárias sobres os professores! Vamos malhar nesses gajos!… Não importa com que armas! Vale tudo: verdade, mentira ou calúnia… vale tudo! Desmoralizemos socialmente estes malfeitores que me permitiram obter o canudo de “engenheiro”! Há que massacrá-los… Aliás, terá pensado, estão todos como um rebanho de ovelhas tresmalhadas. Já não têm quem defenda a sua dignidade profissional… Estão esquartejados, espartilhados, desorganizados… Já lhes retiramos o poder de mobilização ao mandar para as escolas a maioria dos professores destacados nos sindicatos… E obtivemos o apoio de uma grande número de professores! E mudaremos o final do Hino Nacional: “Contra os professores marchar… marchar!”

 

Ora, por haver de entre os 140.000 professores deste país, umas centenas de professores que só sabem destruir, desfazer, maldizer, desvalorizar o esforço de quem dedicava parte da sua vida a servir apoiando, esclarecendo, suportando, defendendo os companheiros, é que o governo viu que poderia apontar as armas contra os professores.

Quem não ouviu colegas a apoiar a medida governamental que mandava de volta ás escolas centenas de profissionais que se organizaram durante mais de uma década para estar ao lado dos professores?… E, o mais grave, é que o faziam publicamente, sem pejo nem medida! Pois…

Sócrates tinha conhecimento desta desunião profissional e acreditou que ela era um dado irreversível. Por isso, sentiu-se no direito de apoiar uma Ministra que menospreza os professores, que os desconsidera, que os desvaloriza, que se arroga do direito de enxovalhar e achincalhar os professores!...

 

Mas, tal como outros ditadores e seus ministros, ainda que intimide entrando pelos sindicatos dentro, tentando conhecer as listas de professores que aderem à manifestação, Sócrates e o seu Governo não passa de um “Gigante com Pés de Barro”. Acreditando que José Sócrates é socialista, esta atitude e postura só será inteligível se conhecermos quem são e de onde vêm aqueles que o rodeiam. Desconhecemos pormenores que não sejam os públicos, mas uma certeza temos: são péssimos conselheiros!

É que se julgavam que poderiam maltratar os professores, enganaram-se. Somos tolerantes, resistentes, reflexivos… mas sobretudo, temos capacidade de nos reorganizarmos rapidamente… Seja em torno de sindicatos, representantes legais e constitucionais, seja ele em torno de movimentos mais espontâneos que surgem quando a tampa da panela de pressão já não aguenta mais! E isto deveria ser um alerta, um aviso para Sócrates e o seu governo: BASTA!…

E esta voz já não é possível abafar. Nem uma carga de porrada, nem um banho de água poderá abafar as vozes que se erguem cada vez com mais indignação, que cada vez mais gritam por justiça e equidade… Estamos Fartos.

 

Este movimento não tem STOP até que o Governo reconheça e faça marcha-atrás com as políticas destrutivas do Sistema Educativo. Os professores têm a obrigação social de não deixar destruir o futuro dos jovens... Aos pais diremos tão só que tenham presente que os governantes chegam e partem. Os professores ficam. Por isso, dos males feitos à educação pelos políticos são os vossos filhos e os professores que pagam a factura...

Bem-haja a todos pela persistência em chegarem ao fim... É fundamental a participação activa de todos.

 

E, se a voz não tiver eco ela acabará sendo ouvida, mais cedo ou mais tarde, nem que para tal se tenha de fazer entoar de novo a canção de Zeca Afonso: “GRÂNDOLA VILA MORENA!”