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Até que o Teclado se Rompa!

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." (Martin Luther King)

Até que o Teclado se Rompa!

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." (Martin Luther King)

J.Ferreira

Afinal onde vivemos?

Parece que há matéria mais que suficiente, por esse país abaixo, para editar uma nova série de animação para entreter este país. E até lhe antecipamos um possível nome: "Sócrates e Seus Amigos no País das Mentiras"...

Ministério da Educação MENTIU aos professores ... e ao país!

Mário Nogueira, dirigente da Fenprof, sem papas na língua escreveu "o Ministério da Educação mentiu aos professores e educadores, aos seus Sindicatos, aos deputados da Assembleia da República, ao país!"

E acusa, peremptoriamente, e com razão: "O ME mantém em vigor a avaliação que a quase totalidade dos docentes contestou na rua, a que todas as organizações sindicais de docentes se opuseram, que toda a oposição parlamentar e alguns deputados do PS pretenderam suspender, que mais de duas centenas de conselhos executivos exigiu que fosse suspensa, que o conselho das escolas aprovou que se suspendesse, que o Primeiro-Ministro, em recente entrevista televisiva, reconheceu ter sido um erro do governo. Mais uma vez, contra tudo e contra todos, o ME decidiu impor a sua vontade e deixar tudo na mesma!"

Os factos são demasiado evidentes e provam a veracidade da acusação de Mário nogueira. Com efeito, em 12 de Junho de 2009, "em reunião realizada no ME, a FENPROF protestou por, em meados de Junho, não se ter iniciado a revisão do modelo de avaliação e nem se sequer serem conhecidas, ainda, as propostas do ME. Este informou, então, que, dado o atraso existente com o relatório da OCDE, possivelmente a revisão do modelo de avaliação não poderia ter em conta as suas recomendações, mas apenas as do CCAP;"

Por sua vez, a FNE não deixa passar em claro a falta de ética deste Ministério que apenas demonstra a ala incompetência e enorme incapacidade negocial. Por isso, João Dias da Silva, Secretário geral da FNE aponta caminhos a seguir na luta dos professores dizendo categoricamente que "a FNE exige ao Ministério da Educação que tenha em conta as propostas desta federação, uma vez que o relatório da OCDE vem de encontro a algumas medidas por nós entregues" não perdendo a oportunidade de apontar para as conclusões de um relatório que "isola, ainda mais, a titular da pasta da Educação no que diz respeito a um modelo de avaliação que tentou impor aos professores e educadores portugueses.

 

O maior problema deste governo é que, tem como Ministra da Educação, uma senhora que é tão incompetente que nem competência tem para se dar conta de que é incompetente! E, para além disso, ainda é SURDA! Teve oportunidade de corrigir as INJUSTIÇAS COLOSSAIS QUE FEZ COM AS NOVAS E ABSURDAS REGRAS DOS CONCURSOS. Mas não o fez. Deturpou tudo quanto eram regras de antiguidade, colocou professores a longos quilómetros de casa com maior qualificação profissional que outros que ficaram ao lado de suas casas. Impediu aqueles a quem chamou de "os melhores" de aproximarem das suas residências impedindo-os de concorrer... Fez de tudo um pouco para desmotivar os seus soldados... É claro que NUNCA MAIS será capaz de obter deles a energia necessária para a verdadeira luta que fazia falta empreender nas escolas: Não fazia falta nenhuma colocar professores contra professores nem tão pouco pais contra professores. A escola vivia em PAZ... Nas escolas respirava-se vontade de trabalhar por uma MELHOR EDUCAÇÃO DOS JOVENS, pela construção de uma sociedade mais justa mais solidária. Mas a Ministra não queria que fosse assim. Os professores estavam unidos em torno de projectos educativos, tinham abraçado a autonomia que os socialistas de António Guterres quiseram dar às escolas como meio de mobilizar forças, vontades, energias para uma mudança profunda da Educação em Portugal. Mas a Ministra Maria de Lurdes Rodrigues decidiu apagar tudo isto do mapa da Educação e das Escolas. E inventou problemas onde eles nunca existiram. E, logo que entrou no ministério, a primeira coisa que tentou fazer foi dividir os professores. Dividir para reinar. Para isso, sabia que teria de mentir ao país. Mas isso pouco importa. Esta gente pensa que uma mentira repetida se transforma numa verdade. E mentiu, mentiu, mentiu... Sobre as escolas, sobre os professores, sobre a cooperação, sobre as faltas...

E inventou um pseudo-concurso ABSURDO que colocou como Titulares muitos dos professores menos competentes. E deixou de fora imensa gente cheia de iniciativa e de profissionalismo... só porque não tinham o tempo de serviço que ela determinou como aquele que dá competência. E, como na tropa, ergue as suas divisas de general e determina que ""a velhice é um posto"! Assim, exige 18 anos de serviço (por muito mau que tenha sido, pouco importa!) como se o tempo de serviço fosse sinónimo de competência. Depois, disse que iria valorizar o trabalho directo com os alunos mas foi aos elementos dos Conselhos Executivos e aos Directores dos Centros de Formação que atribuiu o maior número de pontos para o concurso. Isto como se "fazer umas contas" ou "preparar uns dossiers" todos os meses permitisse aumentar a competência de ensino ou fosse considerado "trabalho directo" (palavras da ministra!) com os alunos! E, muito mais grave, às funções várias desempenhadas pelos professores que serviam o Ensino Português no Estrangeiro nem as teve em conta: (se é que as conhecia!) tendo ficado todos com ZERO PONTOS.

Depois, tivemos que assistir à trapalhada ou palhaçada socialista que se viu com a Nova Alteração ao Sistema de Autonomia e Gestão criada pelos Socialistas de António Guterres. Sim. Sim... !   Foram os socialistas que o fizeram e que o alteraram sucessivamente até que chegamos ao ponto de  a Gestão das Escolas passar a ser atractiva para os caciques e, num curto prazo, permitir a colocação dos socialistas e membros do partido a governar as escolas. Afinal, com mais 750 euros no salário, a direcção das escolas começa a ser um pólo atractivo para os boys dos governos.

E foi assim que as escolas, outrora sem dinheiro para nada, deixaram de estar imunes à corrupção. As escolas deixaram de ser um dos poucos ou únicos redutos que não eram atraentes aos políticos pois não dava dinheiro: só trabalho. Agora, passaram a dar visibilidade política e social, os cargos de Directores e outros passaram a ser bem remunerados e estes lugares, que nunca tinham sido atraentes para os "boys" dos partidos passaram a ser apelativos. Onde havia um interesse comum, passou a haver divisão . Instalou-se a guerra e a corrida aos cargos. Onde havia cooperação passou a haver divisão... pressão, insatisfação, perseguição... De lugar de Educação passou a lugar de disputas e guerras entre pares. Veja-se o que se passa na luta partidária e reflictamos sobre o que há bem pouco tempo os políticos  nos presentearam no parlamento: "um rico par de corninhos no ar".

 

Bem pelo contrário... Fazia falta, sim... Fazia falta uma luta séria e empenho real CONTRA O FRACASSO ESCOLAR... Fazia falta um investimento em mais e melhores recursos humanos... Fazia falta colocar especialistas de apoio individual a crianças com NEE e a crianças com dificuldades de aprendizagem cuja origem estava claramente no meio sócio-económico e familiar dos alunos. Mas não! Este governo preferiu inventar as NOVAS OPORTUNIDADES para aqueles que não as quiseram aproveitar no seu devido tempo. E "regalou-lhes" diplomas que a sociedade desvaloriza e não reconhece... Uma vergonha monumental...

FAZIA FALTA (isso sim...!) LUTAR AO LADO DOS PROFESSORES CONTRA O TRABALHO INFANTIL mas este DESGOVERNO preferiu penalizar os professores pelos alunos que faltam ou abandonam a escola. Sabemos que há pais e empresários que exploram os alunos e os obrigam  a faltar ou a abandonar a escola. Pois bem:  Em vez de fazer as reformas COM OS PROFESSORES preferiu fazer reformas CONTRA OS PROFESSORES.

Por isso afirmamos que, tal como outros notáveis portugueses, também esta ministra sofreu de uma tremenda "cegueira auditiva", incurável porque nunca se preocupou a dar ouvidos às receitas que lhe eram apresentadas, oriundas dos mais diversos quadrantes. Assim, preferia fazer que ouvia, passar a ideia à sociedade de que estava a dialogar e negociar mas, realmente, nunca ouviu ninguém. Por isso, num dia dizia uma coisa e no dia seguinte apresentava uma proposta totalmente contrária ao que tinha afirmado.

 

Na verdade, a forma de estar dos responsáveis deste Ministério corresponde exactamente ao ensinamento expresso na seguinte frase:

Podemos enganar muita gente durante algum tempo... Podemos até enganar alguns durante muito tempo... Mas não é possível enganarmos a todos durante todo o tempo!

 

E isto passou-se com a continuidade dos professores na escola, com as provas de recuperação dos alunos, com a passagem automática dos alunos (dada a complexidade do processo que poderá levar à retenção de qualquer aluno que seja, avaliação independente do comportamento demonstrado nas aulas, etc... Enfim. Tivemos uma Ministra durante 4 anos que, não sendo surda fisicamente, demonstrou-o ser intelectualmente.

Porém, se é verdade que há alguns tipos de surdez que não têm remédio, a surdez do Ministério tem cura: e o remédio chama-se "Eleições Legislativas". Que os professores, familiares e demais cidadãos que se interessam de facto pela PAZ nas escolas, pela JUSTIÇA entre os professore, que acreditam nas vantagens da COLABORAÇÃO e COOPERAÇÃO contra o individualismo propagandeado para que cada um tente chegar a ser "o melhor" com ganhos para os cofres do Estado (é certo!) mas com perdas para a qualidade das aprendizagens dos alunos (sem qualquer dúvida!), se lembrem no acto de votar. Por nós temos bem claro. Votaremos à Esquerda ou à Direita... mas NUNCA neste PS...

Não restam dúvidas. Estes governantes são como os donos do TITANIC. Podem ir contra o Iceberg, mas isso pouco lhes importa. O lugar num salva-vidas (reforma, subvenção vitalícia, lugares garantidos nas grandes empresas... etc..) está assegurado. Os demais, que se cuidem... Por isso estamos convictos de que este PS está desnorteado. Já não sabe o que fazer com o TITANIC. Este (Des)Governo colocou o navio na rota do ICEBERG (está cego e não tem capacidade de ver mais além, mais longe do que o imediatismo de uma campanha televisiva distribuindo “Magalhães” a meninos pobres!) e a uma velocidade tal que não há forma de desviar do iceberg (abismo económico!). Por isso, chegamos mesmo a crer que já não têm interesse em cruzar o Oceano com este navio. Antes se preparam para saltar para o primeiro salva-vidas antes que seja tarde... E o primeiro salva-vidas de muitos destes governantes (a quem a História fará seguramente justiça!) aproxima-se a passos largos: eleições legislativas...

Já agora perguntamos:

Será que os "corninhos" de Manuel Pinho no Parlamento não foram uma estratégia premeditada para se escapar e mandar o governo à fava (como António Guterres!) partindo de imediato para aquilo que os governantes sempre consideram ter direito: as merecidas férias de Verão (claro, com os bolsinhos garantidamente cheios!)?

J.Ferreira

Ministra Teve e Ouvir e Engolir em Seco.   Relatório OCDE arrasa Decreto Regulamentar2/2OO8 sobre Avaliação Professores.

Foi recentemente divulgado o Relatório da OCDE sobre a avaliação de desempenho docente.

E, as conclusões nele expressas deixam muito mal não só este Governo como outros Governos Socialistas e a respectiva Ministra da Educação.

Há pouco tempo atrás, um relatório da OCDE veio criticar o Governo português defendendo a necessidade de alteração no sistema de avaliação dos professores em Portugal. Com efeito, a OCDE critica a associação entre os resultados dos alunos e a avaliação de desempenho dos docentes bem como a avaliação feita por pares com consequências na progressão da carreira. Ora, essas são as duas características centrais do modelo imposto pelo decreto regulamentar 2/2OO8 e que mais contestação provocaram entre os professores. O decreto regulamentar I-N2OO9, que impôs a versão simplex, também não sai incólume do estudo da OCDE, uma vez que o relatório manifesta uma clara oposição a uma avaliação de desempenho de tipo quantitativa e com consequências para a progressão na carreira seja feita pelos directores e colegas a quem foram atribuídas funções de avaliação.

Nas recomendações, o Relatório da OCDE aponta para a necessidade de haver uma avaliação de tipo qualitativo e meramente formativa, feita pelos directores, e uma avaliação com incidência na progressão na carreira docente, feita por elementos exteriores à escola e sem qualquer relação funcional com os docentes avaliados.

A OCDE aconselha que os avaliadores externos sejam especialistas certificados em avaliação de desempenho e que adoptem critérios uniformes para todas as escolas do país.

A FNE reagiu ao Relatório da OCDE pela voz de João Dias da Silva, que afirmou o total isolamento da ministra da educação e a necessidade de construir um novo modelo que não padeça dos males apontados no estudo da OCDE. João Dias da Silva acrescentou que, em matéria de avaliação de desempenho, foram dois anos completamente perdidos graças à teimosia da ministra da educação. Interrogada pelos jornalistas à saída da sessão de apresentação do Relatório da OCDE, a ministra limitou-se a afirmar que não era tempo de tomar decisões.