Caminhos Tortuosos da Educação em Portugal
J.Ferreira
Não tomamos partido por nenhum Partido. Aliás, desde há muito que, em face da falta de coragem e de coerência entre as promessas e a realidade que os Governos levam à prática de justiça, defendemos a alteração da Lei Eleitoral apra que o Voto em Branco. possa ser uma opção democrática que sirva para avaliação dos governantes (e dos candidatos.) ! Somos apartidários por natureza. Simplesmente porque acreditamos num país em que todos possam dar um contributo para produto final. Mas tão pouco somos "muralistas". Detestamos as posturas daqueles que se colocam em cima do muro sempre prontos apra saltar para o lado que dá mais jeito... Não subscrevemos as ideias de nenhum partido. Lutamos outrora contra as políticas do PSD... Valorizamos a liberdade de pensamento e de intervenção social. Por isso, em cada momento, sugerimos as alterações da Política Educativa que consideramos justas. É claro que, como simples cidadãos, rara e tardiamente somos "ouvidos". Por vezes, sentmo que seguem as nossas propostas mas... sempre muito tarde ou (ainda pior!) quando já não defendemos mais (por ser extemporânea!) a solução que havíamos apresentado... Mas hoje, sem termos algo de definitivo, podermos dizer que, seria bom que a Educação voltasse ÷as mãos de quem outrora dignificou a função docente, voltaremos a ter uma política educativa que sirva os superiores interesses do país, e não os "jobs for the boys". A carreira dividida em dois teria todo o sentido se fosse possível algum dia comparar objectivamentre o trabalho dos professores.
"Bons" e "Menos Bons" profissionais todas as profissões os têm. O que havia de ser feito era a "limpeza" da classe. Mas os Governos de Portugal (que nos últimos 14 anos foram 11 anos do Partido Socialista!) nunca foram capazes de criar uma verdadeira cultura de responsabilização. Não do trabalho baseado nos resultados escolares porque, tal como escrevemos há longos anos, nas escolas lidamos com alunos (e não com tijolos!) que merecem ser tratados como pessoas... E, atrevidamente, diríamos que os governantes não se limitaram a inscrever na lei que "todos os alunos têm direito ao acesso escolar".. Não... Foram muito mais longe e inscreveram UM AUTÊNTICO ABSURDO na próprio texto da Lei:, explicitando que todos têm direito "igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolar"... QUER QUEIRAM QUER NÃO, ISSO NUNCA SERÁ POSSÍVEL, POIS A MERITOCRACIA PASSOU A SER A MÁXIMA EVIDENCIADA ATÉ POR GOVERNOS DE ESQUERDA!... HÁ QUE DISTINGUIR PELO MÉRITO. E OS RICOS NÃO SE DEIXAM FICAR PARA TRÁS... Como se, superar as etapas, alcançar resultados positivos fosse um direito mesmo para os que nada estudam... É uma cultura da irresponsabilidade. Exige-se tudo aos professores mas nada às criancinhas... Coitadinhas... Para este ministério, a culpa do Insucesso recaiu exclusivamente sobre os professores. E por sso foi criado o sistema ABSURDO de avaliação, próprio de um país que cheira à Ditadura como é o Chile do Pinochet... Para nós, os alunos não são tijolos" . São pessoas. E têm direito ao Sucesso nas áreas para as quais sentem "vocação" e se empenham para obterem resultados positivos. Não basta dar-lhes na lei o Direito ao Sucesso Escolar que se traduz numa mera estatística de "APROVAÇÃO A TODO O CUSTO" ou, como diria o Zé da Esquina "APROVAM TUDO: A TORTO E A DIREITO"... Aliás,... perguntará o leiotr: "não foi assim que José Sócrates chegou a Engenheiro?..." Bem. Não sabemos. Mas que aprovou a tudo... lá isso aprovou...! E com notas altíssimas para quem estava habituado como estudante a aprovar com média de apenas 12 valores!!!
Por isso, creio que até se justifica que aprovem todos os alunos... como aquele que aprovou no 9º ano com CINCO ou até mesmo com NOVE negativas... De uma forma atrevida (e mesmo provocatória!) diríamos que deve ser reconecido o "Direito ao Ensino e à Igualdade de Oportunidades" no acesso aos bens públicos que o Estado coloca à disposição dos contribuintes. Depois, também deveria competir ao Estado proporcionar as condições de aprendizagem que apenas alguns (os mais ricos!) têm: biblioteca privada, dicionários, explicadores... etc. Mas isso sabemos que é impossível. Nem todos os pais podem e muitos dos que podem preferem comprar MP3, MP4 , Ipod, Playstation, Wi-ii's, et. etc. todos os pais podem e muitos dos que podem preferem comprar MP3, MP4 , Ipod, Playstation, Wi-ii's, et. etc. Portanto, é a lei da selva. E quando todos tiverem acesso aos mesmos recursos, seguramente os mais ricos tratarão de encontrar alguém que ajude a diferenciar os seus filhos do resto dos cidadãos (daqueles a quem Sarkozy, presidente francês, chamou de "escumalha")... Não se iludam, portugueses!... IGUALDADE? SÓ NAS PALAVRAS... NUNCA NOS ACTOS... Quem vai à escola em que existe apenas um professor para 4 níveis de ensino? Os pobres que vivem nos bairros de lata ou na montanha, aqueles que não têm dinheiro para residir nas Zonas mais "Chiques" como a Parque EXPO (onde as escolas estão equipadas com recursos de tal qualidade que, se muitos dos contribuintes as conhecessem, considerariam um atentado à dignidade!) são os que menos oportunidades têm de sucesso. É que para além de terem de frequentar as escolas onde o nível sociocultural é mais baixo (lá se vai a igualdade de oportunidades face aos que estão inseridos num meio mais favorável ao sucesso!) ainda são os que menos recursos têm disponíveis. E qual foi a solução deste Ministério? Culpar os professores pelo INSUCESSO DAS POLÍTICAS GOVERNATIVAS... Nunca conseguiram igualar as oportunidades em termos de recurso e querem aora igualar em termos de percentagens de SUCESSO ESTATÍSTICO, de sucesso de secretaria, à semelhança de um tal diplomado ao domingo. Ou pensam que as condições para o sucesso escolar das crianças que estudaram em contentores (ao longo de mais de 20 anos !) se podem comparar para as condições das escolas em que não só há aquecimento no Inverno como ar condicionado no Verão? Como pode um GOVERNO querer avaliar os professores com base nos resultados escolares?
É uma forma subreptícia de forçar os professores a passarem os alunos. Saibam ou não saibam... Aliás, para um DITADOR, quanto mais "burros" (passo a expressão) forem os cidadãos, mais dificilmente se darão conta das suas incompetências, das suas tramóias, masi facilmente os enganam e durante mais tempo.
Os contribuintes que abram os olhos... Estão todos a ser enganados... A nós, nenhuns dos políticos nos enganam... Mas estamos conscientes de que muitos portugueses engolem facilmente as falácias e os discursos do poder...
Manuela Ferreira Leite... apresentou o seu Programa de Governo. E para a Educação disse:
"A educação foi, com o governo socialista, uma enorme decepção. Cedeu-se, ao laxismo, ao facilitismo na avaliação, à falta de disciplina nas escolas. Degradou-se até ao insustentável a autoridade e o prestígio dos profes¬sores, qualidades indispensáveis ao regular funcionamento das escolas.
O PSD compromete-se, enquanto Governo, a criar uma cultura de exigência e de rigor, que premeie o mérito e o esforço e aumente a qualidade do ensino e do conhecimento adquirido.
É imperioso mudar o Estatuto do Aluno para voltar a valorizar a assiduidade, a disciplina e o civismo; tem de simplificar-se a punição de infracções; tem de se estimular a participação e co-responsabilização dos encarregados de educação.
É fundamental reabilitar a respeitabilidade dos professores, cimentando a relação de confiança da comunidade no corpo docente.
Vamos suspender de imediato o actual modelo de avaliação e rever o Estatuto da Carreira Docente, abolindo o regime de divisão actual.
O novo modelo de avaliação – do qual não se abdicará em caso algum – deve seguir os padrões internacionais de aferição por mérito.
Vamos apostar na atribuição de maior autonomia às escolas, deixando ao Ministério, cada vez mais, uma função basicamente reguladora.
A universalidade da educação pré-escolar, seja por razões educativas, seja por razões sociais de apoio à família e às mulheres, é uma prioridade.
Já no que respeita ao ensino superior, vai pôr-se termo ao estrangulamento financeiro actual e ao favoritismo discricionário que o governo socialista escandalosamente cultivou.
A racionalização da oferta da rede pública, a definição de um sistema de financiamento transparente e a recuperação de uma avaliação externa credível serão passos determinantes a dar no sistema de ensino superior."
Que dizer disto?
A falta de condições das escolas, grande factor de insucesso, vai ser testada já em breve... Quantas escoals estarão preparadas para lidar com este surto de Gripe? Salas de Quarentena? Durante quantas horas do dia? Quem vigia ou acompanha estas crianças? Os professores não podem estar na sala de aula e nas salas de quarentena... E a maioria das escolas, só se lá montarem tendas de campismo... Espectacular... Não há espaços para trabalho dos professores (que têm de usar as suas casas, pagar a energia, os computadores, os tinteiros, o papel, etc. etc. para servir o sistema.) Agora, por este andar, serão obrigados, por esta Incompetente Ministra, a disponibilizar as suas casas para meter lá os alunos de quarentena... Só se for porque as escolas estão sobrelotadas... FECHARAM MILHARES DE ESCOLAS (só no 1º ciclo) e os alunos estão agora a monte nas que foram obrigadas a receber esses alunos... Ou será que o Governo também vai PENALIZAR na Avaliação os professores que tiverem mais alunos com GRIPE A? Seria uma medida espectacular.,.. Por que não teve a Ministra esta IDEIA BRILHANTE..? Aproveite-a, Senhora Ministra... Assim, já ninguém progride na Carreira e consegue equilibrar o déficit (e aumentar mais uns milhares os salários dos "boys" do partido... Já nos culpou de tanta cosia que mais esta nem fazia mal nenhum...