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Até que o Teclado se Rompa!

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." (Martin Luther King)

Até que o Teclado se Rompa!

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." (Martin Luther King)

J.Ferreira

Mas... Quem disse isso? Quem pensou semelhante coisa?

Mas que ideia... E logo José Sócrates

Só lhe faltava esta... Controlar a Comunicação Social ?

Para quê controlar essa coisa...? De nada serve...!

Depois de se escutar o que diz um tal de "José Sócrates" na AR em 14/10/2004, uma pergunta se torna óbvia e inevitável:

Estaremos todos a alucinar ou este senhor (o que ainda é Primeiro Ministro de Portugal...!) é efectivamente o mesmo personagem que em 2004, quando simples deputado, avisou o Governo do PSD que estaria atento e vigilante demonstrando a sua firme vontade de lutar contra qualquer tentativa de controlo da Comunicação Social por parte do Governo?

Oiçam, pois, a parte final do discurso de José Sócrates (na oposição!), especialmente a partir dos 02:10 minutos .

 

Destacaremos algumas das frases de Sócrates para que se veja até que ponto a ironia do destino lhe pregou algumas das maiores partidas:

A título de exemplo, destacaremos: “Nós não podemos passar de uma fase de recessão para a fase do crescimento estouvado” ... “Temos mais 16.000 desempregados...

Depois, transcrevemos a última parte do discurso (entre os 02:53 e os 4:13) porque nele está a essência do que é o "ser" e o "fazer", entre o discurso e a prática política:

Mas Sr. Primeiro Ministro... Sr. O Sr. Primeiro Ministro não se vai daqui embora sem falarmos num último tema”. (...)  E esse caso não pode é resolvido com o seu silencio. Esse é um caso a que não pode  fugir. E é o caso segunte:

É o caso de um Ministro do seu Governo, que fez uma presão ilegítima junto de uma estação privada e que conduziu à eliminação de uma voz incómoda para o seu governo.

E o Sr. Primeiro Ministro desculpar-me-á mas quero dizer-lhe com clareza: esse episódio é um episódio indigno de um Governo Democrático e é um episódio inaceitável.

E quero dizer-lhe, Sr. Primeiro ministro isso é uma nódoa que o vai perseguir... Porque essa nódoa que não se vai apagar facilmente... Porque é uma nódoa que fez Portugal regressar aos tempos em que havia condicionamento de liberdade de expressão.”

“E peço-lhe Sr. Primeiro Ministro... peço-lhe Sr. Primeiro Ministro: Resista à tentação do controle da comunicação social! Não vá por aí... Porque nós cá estaremos para evitar essas tentações!

 Nós apenas concluimos o lógico, o óbvio:

Como Sócrates já não está na oposição, foram todos para os bancos do poder... agora, controlar a comunicação social já não é uma medida que faz “Portugal regressar aos tempos em que havia condicionamento de liberdade de expressão.” Antes, é a medida adequada para perpetuar no poder os mais incompetentes, os senhores das Novas Oportunidades, um engenheiro pescada... Sim, um engenheiro que, tal como a “pescada”, antes de o ser... já o era! E perguntamos:

1. Quem é, afinal, o actual Primeiro Ministro?

2. Que transformações ou mutações terá sofrido o homem na metamorfose do Homem ao passar da Oposição para o Governo?

3. Será mesmo este o Homem que o po(l)vo português quer para (des)governar Portugal?

 

Sócrates visto ao espelho.