De Besta a Bestial Vs De Bestial a Besta
J.Ferreira
E este homem é administrador? Ufa... Que currículum...!
E este homem é administrador? Ufa... Que currículum...!
Qualquer professor deve ter inveja... E não é da competência !
Agora percebo... Há que avaliar... Se houvesse livros de ouro... Talvez ganhasse um também.
Pelos vistos, Portugal continua a ter pessoas como o "Eleutério"
Eça de Queirós em "As Farpas".
O problema é que são estes que chegam a administradores. Senhores como este facilmente chegam a deputados… E este, em concreto, com tanta competência, corre um sério risco de, tal como outros incompetentes, ser nomeado Ministro! E, já que percebe muito de futebol, quem sabe, chegue a Ministro da Educação. Depois, os professores que os aguentem.
Por este andar, com o massacre dos profissionais competentes e o endeusamento dos incompetentes, talvez um dia tenhamos o “Tininho de Rans” a presidir a esta República… É que ele até em mérito. Foi à luta e chegou a Presidente da Junta…! E, vendo para que serve um Presidente da República, pelo menos tínhamos uma vantagem: poderia rir às gargalhadas sem ter de subscrever a tv-cabo ou de se deslocar ao circo: ele entraria em casa pelo Serviço Público de Televisão.
Que melhor poderia querer uma maioria do povo português, hipnotizado pelo bombardeio diário dos problemas do futebol e das intrigas das novelas?!
Estamos perante uma autêntica legitimação da metamorfose profissional dos professores. Aqueles que demonstraram menor competência académica podem agora avaliar os que demonstraram maior competência durante os seus estudos na Universidade.
Os que têm um pior currículo académico podem agora ver-se colocados na frente dos que têm demonstrada maior competência e que possuem um melhor currículo. Os que mais trabalham pela educação dos seus alunos, vem este Ministério (como é possível esta senhora Ministra seja ainda pior que a anterior. Como é possível? Só de pensar que algum dia esta senhora foi professora... Nem dá para acreditar! Será que para ela os alunos são tijolos?).
Depois da era em que os Socialistas conseguiram a democratização do ensino surge agora a era em que os socialistas implantam por decreto a "socialização das classificações." São as "Novas Oportunidades" a atingirem o seu apogeu. As Novas Oportunidades são agora democratizadas ao nível das classificações obtidas por estratos da população com formação académica de nível universitário. É o descalabro e o descrédito de todo o Ensino Superior. Num golpe de magia, num golpe acrobático , Sócrates e os seus amigos, decretam o modelo em que se pode "passar de besta a bestial" e de "bestial a besta" mais rápido do que algum dia se poderia imaginar. A competência deixou de ser algo que se possui para algo que se "compra", que se "conquista", ou que se "oferta" ...
E, incrivelmente, aceitamos resignados, que uns possam ultrapassar os outros pela direita... É o Socialismo à portuguesa na sua expressão mais moderna e liberal: E a competência passa a depender das amizades. Por isso nem se espantem de ver um jovem chegar onde chegou e a demonstrar a sua competência falando como por certo tiveram a oportunidade de ver acima.
Se esta é a demonstração da competência que os portugueses devem demonstrar para chegar a altos cargos nas empresas públicas, depressa se entende também por que motivo Portugal Sócrates é Primeiro-Ministro.
Com políticos que falam assim, que argumentam falando de batatas e bogalhos, estamos entendidos... Pobres dos professores que não dominem este tipo de competências...serão arrumados para a prateleira!
E a mensagem aos jovens estudantes não poderia ser pior: para que te esforças na Universidade e tens de demonstrar a tua competência perante dezenas de Professores Doutores se depois, quando chegares a professor, podes ultrapassar todos os bons e muito bons alunos, para já não falar dos excelentes? E vivam os cábulas. Viva a metamorfose dos medíocres. Deles é o Reino da Nova Democracia . Viva o Socialismo da era José Sócrates.
De um dia para o outro, basta ter uma amigo, ser filho do senhor "fulaninho de tal", ter um papel n um partido político, junto da Câmara Municipal (os que comandam a nova administração das escolas) para teres garantido um EXCELENTE.
A aberração atingiu o seu apogeu. E quando a OCDE diz que deve ser uma equipa de profissionais externos à escola e que a mesma deve ser avaliada não como o somatório das partes (professor a professor) mas como uma equipa, isto é, um conjunto de profissionais que luta por objectivos comuns. E o mais grave é que esta perseguição aos professores é patrocinada por um governo que se julgava "de esquerda", que se julgava defensor dos valores da justiça e equidade.. Afinal, com esta Esquerda, para que necessita Portugal de uma ideologia de Direita?
Esta avaliação permite a ultrapassagem pela direita de colegas mais profissionais que outros mas que não tiveram reunidas as condições de saúde e de ambiente sócio-educativo ideal para o sucesso dos seus alunos. Estamos a avaliar não o que fazem os professores mas o que fazem os alunos. E, em função disso, castigam-se ou condecoram-se os professores.
Estamos, pois, em face de um processo muito grave que conduzirá, necessariamente, à revolta, à desmotivação e a um desinteresse cada vez maior por parte dos professores que, balizados por quotas injustas, se vêm obrigados a optar por processos de egoísmo profissional, a fim de que, tendo para si e exclusivamente para si e para os seus alunos, o melhor dos melhores recursos, não terão qualquer interesse em contribuir para que o colega os ultrapasse.
Com esta iniciativa governamental, os ciclos de vida profissional dos professores sofrem uma aceleração incalculável. É o desânimo e o desencanto que atinge uma grande maioria que se espalha como erva daninha pelas escolas... E a seu lado, o egoísmo, o trabalho individualista (só assim se pode destacar e sacar um Excelente. Só assim será o único a ser "inovador" mesmo que use estratégias das mais retrógradas possível. Fechado na sua sala de aula, o objectivo é ser o melhor. Deixou de ser que os alunos da escola sejam bem formados para passar a ser que o professor seja o que tem melhor avaliação. Quando o descrédito das notas dos alunos (que aprovam mesmo que nada saibam porque é lindo para as estatísticas!) atingiu já a maioria das escolas e Universidades (a começar pelos 18 valores que Sócrates sacou na Universidade Independente com os camaradas e amigos a professor das disciplinas em causa!) querem agora fazer-nos acreditar na veracidade e justiça de umas classificações atribuídas por professores, quantas vezes com menor formação e menos competente que os avaliados.
O trabalho dos professores deveria ser como o de uma equipa de futebol. Conforme os resultados da equipa assim os seus protagonistas são condecorados ou não. Logo, ou todos são condecorados com medalhas de outro, de prata ou de bronze ou nenhum deles recebe qualquer medalha! Ou será que as coisas não são assim quando se trata de resultados obtidos por uma equipa? Que se passa afinal com as equipas de futebol? Ou, se preferirem, com os jogadores da selecção? Quando têm êxito, todos os jogadores da equipa (ou da selecção, se preferirem) que chegam a um determinado patamar recebem as mesmíssima medalha, independentemente de terem ou não colocado um pé na bola.
Vejamos o absurdo deste sistema de quotas. Ele permite que em duas escolas, ambas com 30 professores se passe o que segue. Numa escola que tenha uma equipa formada por mais de 10 professores Muito bons e até alguns excelentes (como os há no Benfica ou no Porto, no Real Madrid ou no Barcelona, no Manchester ou no Chelsea!) apenas 3 tenham direito ao que merecem: o Excelente.
Na outra escola, onde apenas 1 professor é Muito Bom mesmo, e os restantes são professores apenas Bons ou razoáveis, mas nenhum é verdadeiramente excelente, terá o mesmo direito a atribuir 3 excelentes permitindo que um professor medianamente competente obtenha o "Excelente" e os verdadeiramente excelentes da primeira escola se tenham de contentar com o Bom.
Esta realidade é uma péssima mensagem de estímulo. Com efeito, ela corresponderia a dizer aos Jogadores de um clube (Benfica, Porto, Sporting, Real Madrid, ...) que se querem ser "Excelentes" têm de tentar ir jogar para o Penafiel, para o Rio Ave ou para o Alverca. Com efeito, as quotas impedem que sejam excelentes (quando na realidade o são !) e permite aos menos capazes obterem a menção de "Excelentes" quando na realidade não o são. É a mentira transformada em verdade oficial. É a fraude avaliativa. É uma vergonha nacional. É a verdade que castiga os competentes e glorifica os incompetentes..
Esta forma de avaliar é a verdadeira e genuína Versão Socialista da Avaliação. São as novas oportunidades para os incomptentes. É caso para dizer, parafraseando um slogan do século passado, usado numa campanha eleitoral na década de noventa, comos e fosse uns de cada vez a governar o país (Agora Nós!) como se estas coisas fossem para se fazer "à vez"!... É triste . É triste que a competência seja dada "à vez" . Um competentíssimo num ano escolar pode passar a ser o maior dos incompetentes no ano seguinte dependendo dos "adversários" que são professores na mesma escola e que deveriam ser uma equipa para chegar a bom porto com o barco educativo. Mas não. Passaram de cooperantes e de equipa a ser competidores por uma nota que lhes pode beneficiar ou tramar a carreira. É como se os jogadores com salários milionários nalguns clubes pudessem passar a uma avaliação de regular ou medíocres só porque o treinador não os colocou a jogar como titulares, isto é, no plantel inicial. Que se saiba, nas competições (nacionais, europeias ou mundiais!) tenha o lugar que tenha, tenha jogado ou não algum jogo, todos os jogadores da equipa recebem as mesmas medalhas. A taça é para o clube mas a medalha de ouro, de prata ou de bronze é atribuída a todos os jogadores convocados para jogar, ainda «que nem um pé tenham posto na bola.
Perante isto, das duas uma: ou é o futebol que se rege por regras que não visam atingir os melhores resultados (vitórias) ou é a política do Ministério da Educação de Portugal que está errado. os dois é que é impossível estar correctos porque são filosofias e metodologias perfeitamente antagónicas para se atingirem os melhor dos objectivos: o êxito escolar (dos alunos, para uns; dos clubes, para outros).
Será que se pretende inverter agora os resultados obtidos ao longo de toda uma carreira formativa? Será que se pretende dizer aos jovens que escusam de se esforçar pois depois serão de novo avaliados e até podem ser carreiras promissoras com vários "Excelentes" (dando o que não têm... claro está!). Será o exemplo de José Sócrates que depois de ter obtido (enquanto simplesmente aluno!) notas académicas que não passsavam muito além do suficiente para aprovar, mas que depois do seu sucesso na política, conseguiu 18 valores a várias disciplinas (da responsabilidade de alguns dos seus amigos políticos!) é o que vai servir de modelo aos jovens? Talvez por isso Sócrates pretenda impor um modelo de avaliação que satisfaz interesses obscuros prejudicando ou deturpando o percurso académico e profissional dos professores. Assim, aqueles que nunca deram nada enquanto eram avaliados pelos catedráticos, com este modelo absurdo de avaliação, tem uma NOVA OPORTUNIDADE para poderem "passar à frente" dos colegas mais competentes segundo os critérios únicos de avaliação com qualidade: os critérios académicos.
Agora, o critério bem pode resumir-se á influência dos partidos, ao compadrio, à amizade, ao caciquismo ou simplesmente porque estão numa escola por onde os que são realmente óptimos profissionais já passaram mas que, naturalmente, quiseram aproximar-se de casa e tiveram de concorrer. Isto significa que, até aqui se procurava aproximar dos centros urbanos e agora, para se conseguir uma quota de excelente, muitos terão de voltar para as montanha e para o interior, já quase de Bengala, se quiserem ter quota para sacar o Excelente. Mais, Com esta metodologia (tal como se passou com José Sócrates quando mudou do ISCTE para a Universidade Independente) um professor passará de “Besta a Bestial” de um ano para o outro, dependendo não da sua profissionalizada e dedicação mas da sorte das turmas com que trabalha, dos recursos que cada aluno tem nas suas famílias, enfim, de um conjunto de variáveis externas ao professor que o levará, seguramente, ao desinteresse, à desmotivação e à revolta profissional.
Ou então, passará “de Bestial a Besta” com a maior das facilidades. Basta que mude de escola e já está... É como se Cristiano Ronaldo fosse jogar para o Penafiel e tivesse ser campeão para ser considerado um Jogador Excelente. Milagres? Isso, só José Sócrates.
Como é possível?
Algo vai mal por este Portugal... Até quando é que o Povo vai dormir?
"Avaliação de professores vai ser incluída na graduação de concursos
O secretário de Estado Adjunto da Educação, Alexandre Ventura, confirmou à TSF que a avaliação de desempenho vai ser incluída na graduação dos concursos de professores.
O secretário de Estado adjunto da Educação, Alexandre Ventura diz que agora há condições para retormar o concurso de professores tal como estava previsto
Alexandre Ventura considera que a avaliação do desempenho dos docentes nos concursos deve funcionar como um estímulo
A avaliação de desempenho dos professores vai mesmo ser incluída na graduação dos concursos de professores, garantiu esta sexta-feira à TSF o secretário de Estado Adjunto da Educação, Alexandre Ventura, alegando que os tribunais administrativos e fiscais de Lisboa e Beja deram razão ao recurso apresentado pelo Governo contra a providência cautelar apresentada pela Fenprof.
Alexandre Ventura considera que agora há condições para retomar o concurso de professores como estava previsto.
«O Ministério da Educação sempre esteve neste processo com uma atitude responsável, coerente, construtiva e sempre com a intenção de defender o interesse e a escola públicos», frisou.
«A questão levantada apenas pelo tribunal de Beja foi completamente ultrapassada e, portanto, vamos retomar o concurso de professores tal como estava legalmente previsto», acrescentou o secretário de Estado adjunto.
Alexandre Ventura referiu também que esta clarificação é importante porque a utilização da avaliação de desempenho nos concursos é um «estímulo» para os docentes.
«Fazendo a avaliação do desempenho destes docentes qualquer pessoa compreende que esse seja um aspecto a tomar em consideração para o recrutamento dos professores. Para além disso é também um factor de motivação e estímulo para os docentes que participam neste processo e que por via dele têm atribuídas classificações de mérito», justificou o secretário de Estado adjunto.
Contactado pela TSF, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, disse não ter conhecimento destas decisões e, por isso, nada quis adiantar.
Mário Nogueira diz apenas estranhar o facto do secretário de Estado adjunto ter dado uma conferência de imprensa antes do requerente, a Fenprof ter sido notificada das decisões judiciais."