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Até que o Teclado se Rompa!

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." (Martin Luther King)

Até que o Teclado se Rompa!

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." (Martin Luther King)

J.Ferreira

No Público vemos o que a Ministra vem dizer de novo mas que já havia sido dito no Parlamento. Até quando continuaremos a ser enganados sempre pelos mesmo? Quando teremos coragem de mudar... efectivamente?

É triste que se tratem assim as pessoas... Como se fôssemos um bando de fantoches, de bonecos, de...

"A ministra da Educação, Isabel Alçada, assumiu hoje no Parlamento a impossibilidade de realizar o concurso de professores em 2011 que se havia comprometido com os sindicatos devido à contenção orçamental.

Pergunta-se: Mas... que andou a fazer a Senhora Ministra durante todo este tempo, desde que chegou ao Ministério? A tratar da sua imagem... dos seus dentes para emanar aquele sorriso convincente e enganar os portugueses mais facilmente? Ou terá andado a preparar a mensagem de início de Ano Lectivo (aquela vergonha de que até os mais pequeninos fizeram chacota)?

Os professores deveriam ter tomado mais atenção aos alertas da oposição!... Ouçam o que disse Ana Drago no Parlamento!

O Secretário de Estado já na altura sabia que tínhamos caído no engodo". Por isso, que não venha esta senhora com palavras mansas, de circunstância dizer que "era sua "intenção séria" realizar o concurso"! De facto, fomos enganados...

E com um único e claro intuito: tentar apaziguar as hostes para desarticular a máquina de protesto que os professores tinham conseguido organizar e desmobilizar tudo e todos da luta que estava a ser justamente travada e a ter eco no meio social. É a velha máxima, dividir para reinar. Conseguiu de novo desmobilizar. Agora, tendo voltado ao ponto de partida, há que exigir com mais veemência. Sabemos que será bem mais difícil mas, com paciência e persistência, com sacrifício e esforço de todos, a GREVE pode ser um êxito. Vamos mobilizar-nos de novo. Estou convicto!...

Agora, vejam e ouçam com um pensamento na mente: "Quem te avisa teu amigo é".

Tal como Ana Drago afirma, "Chegou a hora de colocar um ponto final na irresponsabilidade do Ministério da Educação."! Já basta de fazer dos professores o bode expiatório e a cobaia para as brincadeiras socialistas... A Educação é um assunto sério demais para ser colocado como objecto de brincadeira, como mais "Uma Aventura" de Isabel Alçada. Estamos fartos...

"A situação que vivemos actualmente impede o ministério de realizar o concurso extraordinário de docentes em 2011, mas serão colocados todos os docentes necessários nas escolas", disse Isabel Alçada durante uma audição da Comissão de Educação, que ainda está a decorrer.

Sem querer entrar em pormenores sobre o Orçamento da educação, a ministra afirmou que é convergente com o objectivo de reduzir despesa que se exige a todos os ministérios. De acordo com a ministra, o adiamento do concurso "não compromete outras medidas", mas admitiu também que o acordo de princípios assinado com os sindicatos só será cumprido naquilo que não colidir com o Orçamento do Estado, o que levou a oposição a afirmar que não resta nada do programa do PS, nem do acordo."

É incrível. Afinal ela é a Ministra da Educação ou é a Secretária do Orçamento? Fica com o que resta? Com as sobras? Será ela a lambe-botas do Conselho de Ministros? Ou é Ministra?

A ministra defendeu que nenhuma medida é arbitrária e manifestou solidariedade com os professores, reafirmando que era sua "intenção séria" realizar o concurso. A declaração de Isabel Alçada levou a oposição a exclamar que os professores não pedem solidariedade, pedem justiça.

Isabel Alçada garantiu que não estará em causa o funcionamento das escolas e que a medida afecta toda a administração pública. A ministra justificou que o maior peso do Orçamento do Ministério da Educação é com recursos humanos e que está a ser exigido ao Governo que reduza despesa."

Mas, será que esta senhora (José Sócrates e os demais compinchas do governo!) ainda não se deram conta de que o material de que se faz a educaçãosãopessoas, são recursos Humanos? Que não se faz Educação com o Magalhães? Que a Educação se faz, essencialmente, com Professores (motivados, incentivados, mobilizados)? 

Que esperam? Que trabalhem em cada vez piores condições?

Que pretendem? Transformar os professores em "Escravos do Século XXI"?

J.Ferreira

Caro leitor.

Vamos lançar-lhe um desafio nada difícil de enfrentar. Apenas lhe pedimos que ouça "com olhos atentos", veja "com ouvidos despertos" e, no final, diga de sua justiça, deixando o seu comentário abaixo!

 

 

 

Com que então senhor Ministro das Finanças diz que não sabe onde cortar mais às despesas?

Pois bem... Aqui fica mais uma ideia... É caso para dizer:

- Ó Sócrates! Aproveita! Estas são de borla!

 
 

 

 

Enquanto o povo aperta o cinto, o nosso Parlamento vai ter 100 MILHÕES para gastar em 2011,  prevendo-se uma quebra na despesa consolidada do Parlamento de apenas 1,1%. E andamos nós a reduzir entre 3,5%  e 10% no nosso salário. Viva a igualdade e o exemplo do Estado. Ora, depois disto, será que alguém ainda tem dúvidas de quem nos anda a "chupar" a massa?

Em soluções milagrosas já ninguém acredita. Mas há quem tenha uma resposta lógica e convincente para resolver parte do problema das nossas finanças públicas sem castigar os cidadãos que nenhuma responsabilidade têm  quanto ao descontrolo orçamental destes (des)governantes.

Depois disto, é caso para recordar algo que cantava Zeca Afonso:

"Eles comem tudo!..."

"Eles comem tudo!..."

"Eles comem tudo e não deixam nada!"

 

 

Finalmente gostaria de dizer que, depois de assistirmos ao triste espectáculo da situação financeira em que os nossos governantes democratas deixaram os cofres do Estado, temos de confessar que começamos a ter algumas e sérias dúvidas sobre a quem, realmente, se referia Zeca Afonso na sua canção "Os vampiros"?

 

J.Ferreira

A carta que abaixo reproduzimos, foi recebida por email com um pedido para que fosse  divulgada. Ora, que melhor divulgação se poderia fazer que colocar o seu conteúdo neste espaço. Na verdade, já fizemos eco de outras situações, não menos indignas. Veja Aqui .

Porém, não a colocaremos aqui sem fazer preceder a sua publicação de um comentário...

Trata-se de uma carta escrita por um cidadão nela identificado que demonstra, de forma irónica, a revolta que leva na alma, na qual utiliza palavras como punhais que demonstram bem o quanto sangram as feridas que leva na alma e no coração.

Há muitos anos que defendo que vencer um cancro é muito mais nobre que regressar vivo de uma guerra. Cada ano de luta contra o cancro (comprovado por instituição de saúde pública, obviamente!) deveria corresponder a, pelo menos, 3 anos de tempo de serviço para efeitos de acesso à Reforma. E nada seria de espectacular se tivermos em conta que os parlamentares, cheios de saúde, se podem REFORMAR (ainda que lhes chamem subvenções e não reformas, para todos os efeitos reais é o mesmo pois delas podem viver até à morte!) com 40 anos (ou até menos!).

Por isso, deixemos esta conversa da treta, deixemo-nos de eufemismos, porque a maioria das subvenções vitalícias são moralmente indignas porque são atribuídas a quem continuará a recber reformas de outras áreas (veja-se o caso de Manuel Alegre.... E ainda quer ser Presidente da República? Só se os portugueses forem bananas!!...). São os subvencionados da política portuguesa (quantas das vezes, que exerceram os cargos com incompetência!) que atacam o Orçamento da Segurança Social muito mais profundamente do que qualquer outro reformado com valores incomparavelmente inferiores aos que as subvenções que, para além de serem astronómicas (tendo em conta a miséria do Ordenado Mínimo Nacional...) ainda permitem a esses senhores a acumulação com os cargos para onde os amigos da política os nomeiam logo que acabam de ser reformados... (diga-se, no politicamente correcto, subvencionados!) pelo dinheiro dos contribuintes que sacam dos cofres do Estado.

O pior e mais grave é que são atribuídas a deputados jovens: gente com  uma “super”, “hiper” ou “extra” ordinária  capacidade para trabalhar... Ou será que não é verdade que aceitam ser nomeados para cargos de Administração de Empresas?

Mas voltemos à questão central: a contagem do tempo de serviço para quem, comprovadamente, luta contra o cancro...

É ou não é verdade que, aos ex-combatentes do ultramar (alguns NUNCA estiveram com a vida em perigo!) o tempo exercido nessas funções (justa ou injustamente, depende do ponto de vista!) lhes foi bonificado, isto é, contado a dobrar...? Pois bem, meus caros amigos...

Aos vencedores e às vencedoras do cancro, àqueles e aquelas que (em tempo de PAZ ou em tempo de guerra) lutaram ou que lutam pela sobrevivência este governo aumenta-lhes os IMPOSTOS e reduz-lhes as deduções em sede de IRS.

Que país é este? Que mais sacrifícios o Estado se prepara para impor?

Os espanhóis, mesmo em crise, nem por sombras sofrem o que os portugueses estão a passar...

A esta cidadã portuguesa  a revolução de 1640 foi  o pior que lhe pode ter acontecido.

Será que temos de lutar para que se volte ao 30 de Novembro de 1640 e aliar-nos a Espanha ou implorar-lhes que venham por aí dentro e tomem conta disto?

A política levada a cabo por estes socialistas (que antes esbanjavam dinheiro com a mesma irresponsabilidade com que hoje aumentam os impostos!) cada vez menos dúvidas tenho de que “o que eles querem é que se morra antes de chegar à reforma”....  temos de nos revoltar contra esta situação e começar por exigir igualdade.

Há que levantar cartazes reclamando o seguinte: “Abaixo as Reformas... ! Viva as Subvenções Vitalícias para Todos.”

Os deputados não podem continuar a ser cidadãos de primeira e o povo cidadãos de segunda. Acabemos com isto de uma vez por todas. Mordomias? Que gastem do seu bolso para comer, deslocar-se... Para isso têm imensas ajudas de custo que mais ninguém na função pública usufrui. Ou reconhecem os mesmos direitos dos deputados a todos os cidadãos ou acabemos com estes “sanguessugas” da nação.

Voltemos à carta. Pessoas CORAJOSAS como esta senhora são autênticos MÁRTIRES .

Padecendo as amarguras da vida e sofrendo, ao lado dos seus, um autêntico caminho do calvário, agravado por um Governo que gasta dinheiro e esbanja o que é de todos em compras supérfluas, desnecessárias próprias de vaidosos e megalómanos como são as luxuosas viaturas BMW que substituíram em ano de crise por terem OITO ANOS (Ui, tantos... imaginem!) e estarem, nas palavras de uma cambada de políticos sem escrúpulos, “em fim-de-vida"... Como!!!? Em fim de vida? Ora, meus caros, em fim-de-vida está esta senhora e muitos de nós em pouco tempo se esta gente continuar a (des)governar o país por muito tempo. Temos de encontrar outro caminho...

Confesso que fico alucinado. É que por muito que pense, não percebo! O meu carro (coincidência!) de marca igual mas comprado usado, já possui MAIS de DE DEZ ANOS anos e está como novo!... Incrível? Será que os veículos usados pelos senhores do governo (com toda a assistência e da melhor, sempre na marca, na é verdade?) se desgastam mais que os do cidadão comum?  Não. É mentira... Só pode ser a mania megalómana de andar em altos carros de luxo e novinhos em folha... A quem querem enganar...? Pois bem. Já que tanto gostam de apontar a Finlândia como exemplo, que os Ministros portugueses se comportem como os da Finlândia e se desloquem em transporte público ou (como vi claramente visto num reportagem feita pelos jornalistas franceses sobre a Finlândia) num comum “Citroën Saxo”. Verdade. O Ministro da Educação viajou de aeroporto a aeroporto, sozinho, para ir inaugurar uma escola e, num dia de chuva e neve, teve de esperar no aeroporto ao lado dos  repórteres por uma senhora que o foi esperar num simples Citroën Saxo, sem guarda costas nem mais mordomias. E pagava as refeições que comia a uma empresa de “catering” com o seu cartão bancário... Do seu Ordenado. Assim... SIM... Tenho vontade de gritar: "Quero ser Finlandês!". Se os políticos querem luxos, que se desloquem nos seus popós como os demais funcionários públicos que gastam a viatura e o combustível ou andam de transporte público (pagando com o seu salário e é se querem manter o emprego e ir trabalhar!

O mais grave é que estes são os governantes que gastaram milhões em submarinos (que para nada servem), outros tantos milhões em carros de combate, em estudos para aeroportos e linhas de TGV para tudo não passar do papel. A teimosia em querer ser mais rico do que a conta bancária que tem só poderia dar numa crise económica cuja culpa os cobardes não se cansam de endossar à conjuntura internacional. Digam isso à Alemanha... A crescer de ano para ano!

O problema está no sul da Europa. Parece incrível mas são os países do sul (Portugal, Espanha e Grécia) que receberam milhões e milhões de ajudas da CE que se encontram a sofrer o maior impacto da crise. Porquê? Pode não existir uma causalidade directa mas que é estranho, lá isso é, que estes três países sejam os que, nos últimos 15 anos, estiveram mais tempo sob o comando de timoneiros socialistas! Estranha coincidência (ou talvez não!). Que o povo abra os olhos e decida colocar de novo o PS no lugar que lhe corresponde e de onde nunca deveria ter saído.

É que os portugueses já haviam sido confrontados com políticos que apoiaram ideias igualmente megalómanas como a construção de estádios de futebol. Megalómanos e desnecessários para a dimensão do nosso país. Para captar o apoio da sociedade argmentavam com o futuro retorno do investimento (que ficamos a "ver por um canudo", como se diz cá pelo burgo!) pois nunca chegou! Enfim. Obras que  mais não serviram senão para endividar as autarquias até ao pescoço (agora o e o Zé-povo é que paga, nas derramas, no IMI...!). De facto, somos um povo que nunca aprende com os erros do passado. Os portugueses tinham sido confrontados com obras megalómanas quando OUTRO SOCIALISTA (António Guterres) abandonou o leme do Governo, pedindo a demissão num momento em que deixou as finanças do país país numa miséria ao ponto da situação do país ter sido  afirmado pelo então Primeiro-Ministro e agora Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, que o país estava  "DE TANGA"... Enfim... Alguns diziam mesmo que "de tanga, e sem tanga!"... Enfim. Gente sem moralidade... sem valores... sem escrúpulos...!

Felizmente, embora sofrendo, esta cidadã ainda sobrevive. Estamos seguros de que José Sócrates ficaria mais feliz se a senhora morresse pois assim, tal como Manuela Estanqueiro, era menos uma a quem a Segurança Social teria de pagar a reforma.

Sim... Manuela Estanqueiro, Artur Silva (professores) e outros tantos "também não" chegaram a receber Reforma: morreram. Por isso, estes socialistas são farinha do mesmo saco dos seus antecessores: uns cobardes, para não dizer, sacanas!

HOJE... PORTUGUÊS ME CONFESSO:

Tenho vergonha de algum dia na minha vida ter votado no PARTIDO SOCIALISTA...

Aqui fica, seguidamente, a Carta que nos pediram para divulgar. Divulgar ou não este post pelos vossos contactos esta iniciativa depende de cada um. Nós fizemos a nossa parte. Apelamos, no entanto, a que não deixem que a vossa voz se cale... Aqui fica, então:

«Exmo. Senhor Ministro das Finanças

Victor Lopes da Gama Cerqueira, cidadão eleitor e contribuinte deste País, com o número de B.I. 8388517, do Arquivo de identificação de Lisboa, contribuinte n.º152115870 vem por este meio junto de V. Exa. para lhe fazer uma proposta:

A minha Esposa, Maria Amélia Pereira Gonçalves Sampaio Cerqueira, vítima de CANCRO DE MAMA em 2008, foi operada em 6 Janeiro com a extracção radical da mesma.

Por esta ‘coisinha’ sem qualquer importância foi-lhe atribuída uma incapacidade de 80%, imagine, que deu origem a que a minha Esposa tenha usufruído de alguns benefícios fiscais.

Assim, e tendo em conta as suas orientações, nomeadamente para a CGA, que confirmam que para si o CANCRO é uma questão de só menos importância.

Considerando ainda, o facto de V. Ex.ª, coerentemente, querer que para o ano seja retirado os benefícios fiscais, a qualquer um que ganhe um pouco mais do que o salário mínimo, venho propor a V. Ex.ª o seguinte:

A devolução do CANCRO de MAMA da minha Mulher a V. Exa. que, com os meus cumprimentos, o dará à sua Esposa ou Filha.

Concomitantemente com esta oferta gostaria que aceitasse para a sua Esposa ou Filha ainda:

a) Os seis (6) tratamentos de quimioterapia.

b) Os vinte e oito (28) tratamentos de radioterapia.

c) A angústia e a ansiedade que nós sofremos antes, durante e depois.

d) Os exames semestrais (que desperdício Senhor Ministro, terá que orientar o seu colega da saúde para acabar com este escândalo).

e) A ansiedade com que são acompanhados estes exames.

e) A angústia em que vivemos permanentemente.

Em troca de V. Ex.ª ficar para si e para os seus com a doença da minha Esposa e os nossos sofrimentos eu DEVOLVEREI todos os benefícios fiscais de que a minha Esposa terá beneficiado, pedindo um empréstimo para o fazer.

Penso sinceramente que é uma proposta justa e com a qual, estou certo, a sua Esposa ou filha também estarão de acordo.

Grato pela atenção que possa dar a esta proposta, informo V. Exa. que darei conhecimento da mesma a Sua Ex.ª o Presidente da República, agradecendo fervorosamente o apoio que tem dispensado ao seu Governo e a medidas como esta e também o aumento de impostos aos reformados e outras…

Reservo-me ainda o direito (será que tenho direitos?) de divulgar esta carta como muito bem entender. E por isso peço a todos aqueles que receberem e lerem esta mensagem e se assim concordarem que enviem aos vossos amigos. Obrigado

Como V. Ex.ª não acreditará em Deus (por se considerar como tal…) e por isso dorme em paz, abraçando e beijando os seus, só lhe posso desejar que Deus lhe perdoe, porque eu não posso (jamais) perdoar-lhe.

Com os melhores cumprimentos,

Atentamente,

 

Victor Lopes da Gama Cerqueira.

J.Ferreira

Todos sabemos que um dia de greve é um corte no salário no valor de um dia de trabalho e que a todos nos faz imensa falta. A postura de quem não faz greve, por questões relacionadas com a falta que o dinheiro descontado do dia de greve faz no orçamento familiar, é compreensível. Utilizar este argumento talvez seja um motivo um pouco (se não mesmo muito!) egoísta. na verdde, invocar que uns 100 ou 150 euros a menos, no fim do mês (dependendo dos dias de greve) faz uma enorme diferença soa a desculpa, a uma falácia. De facto, o que se passa é que, aqueles que sistematicamente se recusam a aderir a uma greve, apresentam sempre argumentos que apenas são válidos para sossegar as suas consciências.

Gostaria de saber quantos dos “acomodados” com o status quo continuariam sem aderir à greve caso os benefícios resultantes das lutas sindicais apenas se aplicassem APENAS a quem demonstrou estar insatisfeito com a situação pela qual se levou a cabo a luta.

Afinal, tanto querem fazer pela associação entre os princípios praticados com o patrão Estado e o patrão Privado que não se compreende por que motivo na maioria das empresas os empregados conseguem obter promoções e aumentos salariais, sem que faça falta perder salários recorrendo à greve.

Com efeito, basta que lhes surja uma proposta de melhor salário noutra empresa e, se o patrão não quer alinhar o salário pela proposta que o empregado tem, lá se vai o empregado. E, neste caso, ainda que digam que não fazem greve (e portanto não têm perda de salário!) a verdade é que, caso o patrão não ceda... vão-se embora e... deixam de exercer as suas funções na dita empresa, definitivamente. Ou seja, passam à situação de greve permanente.

Há anos que a situação dos trabalhadores da Função Pública têm vindo a ser castigados por este governo socialista que, quando na oposição, tanto criticaram Durão Barroso pelas medidas que havia tomado, em nada comparadas com as que eles viriam a tomar logo que chegaram ao poder, mentindo ao povo.

Depois de longos anos em que a inflação superou os aumentos decretados para a Função Pública (com a inevitável diminuição do poder de compra dos funcionários públicos) até ao congelamento das carreiras e reformulação das mesmas, este governo tem-se entretido a destruir o que ainda restava de António Guterres e que o (para eles incompetente!) Durão barroso tentava colocar nos carris. Durão Barroso não servia para governar Portugal. E, embora tivesse recebido o país “de tanga” das mãos do governo evadido de António Guterres (em que José Sócrates era Ministro, lembram-se!?), Barroso fez saber a situação em que os socialistas haviam deixado as finanças públicas e justificou ao país que seria obrigado a aumentar o IVA de 17% para 19%, o que mereceu a crítica dos socialistas de ferro Rodrigues e José Sócrates que então se encontravam na oposição.

Ora, tal aumento do IVA (que para uma legislatura de 4 anos) que foi criticado pelos Socialistas de José Sócrates, incrivelmente acabou por durar apenas dois anos pois, os mesmos críticos socialistas, uma vez chegados ao poder, logo aumentaram o IVA (que consideravam ter sido injustificadamente aumentado!) dos 19% de Durão Barroso para os 21% de José Sócrates.

É este país de gente sem escrúpulos que mente na campanha eleitoral para ganhar as eleições e depois, zás... vamos de mal a pior. Os funcionários públicos (e os professores, em especial) foram eleitos então por José Sócrates como os culpados das crises. Não foi a má gestão dos políticos nem a gestão danosa da coisa pública. Não. Os políticos (que obtêm o lugar que ocupam “por eleição” ou “por nomeação”, bem diferente de “por competência”!) são sempre os salvadores da pátria. Os maus da fita, esses, são sempre os outros!, E, claro, com os Funcionários Públicos à cabeça.

Mas voltemos ao tema da greve.

Em 2006, Sócrates começou por reduzir o salário aos professores que então se encontravam destacados ao serviço do Ensino Português no Estrangeiro  (EPE), desempnenhando uma árdua missão em nome do país junto das comunidades de emmigrantes.

Mas, como diz Bertolt Bretch (ver no final!), esse problema não era "o problema" dos professores em Portugal. E ninguém se importou. Pois bem. Foi aí o tubo de ensaio de José Sócrates. Não tendo os sindicatos (numa comunidade de professores espalhados pelos 4 cantos do mundo!) obtido grande adesão dos professores porque “perdiam um dia de salário” o governo de Sócrates descobriu que os professores do EPE estavam totalmente espartilhados... E, como a máxima “dividir para reinar” é a mais praticada pelos políticos, logo tratou de dividir ainda mais os professores, retirando-lhes o vínculo ao local de origem para, numa acrobacia incrível, dar uma licença sem vencimento a funcionários que depois contratava de novo para cobrir as necessidades que já existiam. Ou seja, o que Sócrates (que se diz ser de Esquerda!) impede as empresas de fazer (por ser ilegal) afinal sendo os socialistas a praticar... já é legal.

Na altura da mudança de paradigma para o EPE (levado a cabo pelos socialistas) começou a reformulação do estatuto da carreira docente em Portugal. E aos professores que não quiseram aderir à greve (e assim demonstrar o seu descontentamento e determinação em lutar pelos seus direitos) com o argumento de que, por um dia de greve lhes descontavam “muito dinheiro”, contra-argumentava que “faziam bem mas que gostaria de saber o “que fariam à vida” no dia em que lhes retirassem umas centenas de euros, em congelamentos da progressão da carreira ou até numa redução salarial e não apenas os dias de salário do mês em que, de facto, haviam feito greve e que, pelo menos nesse dia, poderiam aproveitar para estar com a família (coisa que cada vez é mais difícil dada a catadupa de trabalhos e reuniões que implementaram...!).

E, tal como sempre se diz em defesa da importância da Educação (“se a educação é cara, experimentem a ignorância!”) afirmava que, se os professores consideram muito a perda de um dia de salário numa luta pela dignidade e direitos, que experimentem dar a entender ao patrão que têm esse tipo de mentalidade e depressa outras medidas mais penosas serão implementadas. E aí as têm... Os professores fazem parte de um grupo profissional (chamemos-lhe assim, porque dizer “classe” é ser “fascista” e no mundo actual, devemos ser “politicamente correctos” e não podemos “chamar os bois pelos nomes”!) que não se demonstra disposto a perder umas dezenas de euros (fazendo um dia de greve!) mas não se importa de perder centenas todos os meses. Tem razão quem diz que os professores não merecem ter o reconhecimento social que reivindicam porque nem eles mesmos têm consciência do seu exemplo nas lutas pelos direitos de cidadania, pela liberdade, pela democracia... É triste reconhecer que, rotulado muitas vezes de “PESSIMISTA” pelas teses defendidas em tertúlias de café (e no blog) o tempo veio, uma vez mais, dizer que tinha razão. É triste dizê-lo. Não o constato com a vã glória de ter razão mas, antes, com a tristeza de pertencer a uma classe que “vende” a sua dignidade por muito pouco dinheiro. Temos pudor em perder uns eurinhos! E, por isso, não fazemos greve. Na verdade adivinhávamos, por dedução e intuição, que o que se avizinhava era bem dramático. Mas não esperávamos tamanha atrocidade. Não! Será para sempre e que depois disso, teríamos muito mais dificuldade em recuperar o perdido. INFELIZMENTE, os factos vêm dar-nos razão...

É, pois, muito triste ver aproximar-se um Furacão ou um Tsunami e ver a catástrofe acontecer porque os nossos gritos não foram levados a sério. E o que para muitos era de todo impossível. Chegar-se ao ponto de, numa democracia, numa Europa que nos foi vendida como um “bunker” onde os cidadãos seriam ouvidos, onde os políticos estariam à altura de combater crises, ver que os países fora do Euro não têm estes problemas... E, pior que tudo, sem que os cidadãos se tenham tornado mais preguiçosos ver que, de um momento para o outro, se estouram as finanças do país, se gasta dinheiro em luxos e mordomias de políticos ao mesmo tempo que se procede a uma redução dos salários dos trabalhadores, estava muito longe dos nossos maiores pessimismos. Afinal, as teses de um pessimista.... mostraram-se mais do que tudo, como teses de um REALISTA.

Já advogamos este conceito de "pessimistas" e "optimistas" há mais de duas décadas. Ser pessimista ou optimista não é um estado de espírito... Como desde longa data afirmo aos meus adversários nas tertúlias, tudo depende do conceito de Optimista e de Pessimista. Para nós, um OPTIMISTA é um PESSIMISTA MAL INFORMADO que, por esse motivo, tem expectativas infundadas que lhe permitem viver num mundo do sonho, mas que, quando forçado a despertar para a realidade se torna facilmente em pessimista. Por seu lado, um PESSIMISTA é um OPTIMISTA BEM INFORMADO... que vive no mundo da realidade. E, como tal, embora possa surpreender-se, dificilmente leva um golpe que o deixe sem reacção. E, quando um OPTIMISTA (no sentido mais usual ou se querem, tradicional) se informa, toma conhecimento da realidade... aí é que se vê o que realmente ele é: um pessimista bem informado! E, como diz o brasileiro, CAI NA REAL... Torna-se um REALISTA. É neste ponto que estamos. O de ver que afinal, todos os optimistas "caíram na real..." DESPERTARAM de um SONHO prometido pelos socialistas que nos governam mas que afinal... não passa de um LONGO e PENOSO PESADELO.

A conduta e postura que este governo socialista (e dizemos "este governo socialista" porque não nos move nenhum pré-conceito contra os socialistas!) tem demonstrado obedecer à máxima : "forte contra os fracos" e "fraco contra os fortes". Prova disso é que o Governo acaba de recuar no fundamental, isto é, quando se tratava de atingir os mais fortes... E a única medida correcta neste pacote de redução dos salários era a que acabava de vez com a acumulação de qualquer pensão (subvenção ou como lhe queiram chama como as de Manuel Alegre, Cavaco Silva, Jorge Sampaio, Mira Amaral, Santana Lopes, António Guterres, etc... etc... ) lá foi para a ilha do esquecimento... tal como a reforma (ou subvenção dos deputados passar para 12 anos, foi votado para as calendas gregas quando as restantes carreiras foram alteradas desde 2006...

Até quando o povo português continuará adormecido... e continuará disposto a deixar que estes senhores levem o país para Abismo, ou a afundar o país pois a sua legislartura foi, nas palavras de José Sórates uma autêntica "Tempestade Perfeita".

temos que agir. mas agir de forma concertada, convicta, coerente e consequente. Não basta  ir um sábado até Lisboa, numa única forma de protesto (questionável, porque a ninguém atingiu... como acontece com os varredores de ruas, os transportes aéreos, os camionistas, os médicos ou outros que muitas vezes podem colcoar vidas em jogo!). De nada servem os movimentos emergentes que durante a grande e justa luta espartilham a classe fazendo desunir ainda mais um grupo profissional que, de per si, era já um grupo pseudo-unido.

Proliferaram os "grupinhos" profissionais de interesses (mais ou menos obscuros , ou quizas, patrocinados por quem estava interessado em dividir para reinar!) ou então chefiados por quem buscava algum protagonismo, debaixo de uma bandeira de "independentes, de "não alinhados" ou "muralistas" que se mobilizaram para desmobilizar alguns profissionais que se encontravam em torno dos sindicatos . Que restou desses grupos ocasionais, emergentes, desorganizados depois de passada a euforia da viagem a Lisboa? Desapareceram...  Enfim... Tão depressa apareceram como desapareceram do mapa...! Conclusão: só serviram para dividir ainda mais a classe.

Poderemos afirmar que estamos como estamos porque "estamos como estamos" porque "somos o que somos" e "somos como somos". Quando teremos a coragem de tomar partido. De deixar de ser "muralistas"? Quando deixaremos de nos colocar em cima do muro, à espera de saber de que lado devemos estar? Quem nos defende? Quem tem, de facto, legitimidade jurídica para nos defender são os sindicatos. Basta de ilusões... O que os governos queriam era ver os professores espartilhados... divididos. E conseguiram-no! Por isso, chegou a hora de voltar a reunir esforços.

Em democracia, os que desejam ter protagonismos devem aproximar-se das mais diversas estruturas sindicais e lutar pela união de todos. Há sindicatos com tendências para todos os gostos!... Deixemos, pois de dividir... Vamos unir a classe. Se algum companheiro não se encaixa em nenhum, deve pensar que algo deve estar mal... mas não é, certamente em todos os sindicatos! Coloquem aí as suas ideias... Não duvidemos. JUNTOS em torno dos nossos representantes legais podermos conseguir algo... E digo algo porque para cortar vai desde os 3,5% aos 10%... Em contrapartida, para negociar o aumento dos salários, estes mesmos governantes aparecem à Mesa da Concertaç ão Social com propostas em que se luta para melhorar umas centésimas!... UMA VERGONHA. Tanto mais quando surge de um parrido que se diz "de esquerda"! Tenham Vergonha...! Deixem-se de desempenhar o papel de carrascos e defendam os trabalhadores contra as investidas do capital. Ou então, meus caros amigos socialistas... remetam-se lugar que vos está destinado! É nele que os socialistas estão destinados a prestar um mais nobre e melhor serviço ao povo português.

 

JUNTOS SEREMOS MAIS FORTES...

Espartilhados... é o que se está a ver...

Duvidam? Então leiam o que escreveu Bertolt Brecht !

Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.

Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque eu não sou operário.

Depois prenderam os sindicalistas,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.

Logo a seguir chegou a vez
De alguns padres, mas como
Nunca fui religioso, também não liguei.

Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde.