Se atentarmos nos despacho 8043/2010 de 7 de Maio facilmente se constata que nele se encontra estipulado que “os professores classificadores dos exames nacionais têm direito à importância ilíquida de 5 euros pela classificação de cada prova”. Ora, tendo em conta o que está legislado, não é necessário ser especialista na matéria para nos darmos conta de que Miguel de Sousa Tavares tem uma fixação ou trauma que o levam a opinar e escrever barbaridades contra os professores. O que MST escreveu no Expresso é, no mínimo, motivo de elevar a indignação dos profissionais de educação e ao mesmo tempo, uma vergonha para os jornalistas que se dignam de ser profissionais. No entanto, e apesar da indignação que sentimos, somos forçados a compreender (bem distinto de perdoar!) estas e outras barbaridades que têm saído das canetas com que este senhor escreve ou da sua boca quando fala atropelando o mais elementar sentido comum...
Perguntamo-nos: Que motivos estarão subjacentes à atitude persecutória de um advogado — que não exerce a profissão para a qual foi formado, quizas, por insegurança, falta de domínio das matérias em que se formou, incompetência, ou outros motivos que nos fazem pensar na forma como José Sócrates (tantas vezes por ele defendido atacando os professores!) obteve o diploma de engenheiro...! — sentir-se ou arrogar-se no direito de atacar outros cidadãos que merecem respeito e dignidade, de uma forma tão ingénua, leviana e muitas vezes falsa, com que este senhor ataca os professores? Todo o professor que se preze da sua condição de profissional muito mal pago, quando comparado com o que o senhor ganha por uns minutos de barbaridades expressa na televisão ou nos jornais.
Em suma, a crónica de MST é o paradigmático de como se tenta transformar uma mentira numa verdade. Pois, meu caro MST: Por muito que a mentira seja repetido, nunca o senhor nem nenhum outro cidadão de verdadeiro prestígio conseguirá que se transforme em verdade. Verdade é verdade e os factos falam por si. Logo: Miguel de Sousa Tavares MENTIU. E, tal como sempre defendemos que "errar é humano" de igual forma afirmamos que persistir no erro é desumano. Logo, este senhor é desumano. E aqui deixamos o nosso primeiro "ponto final".
O grande problema é que esta mentira não é ingénua. Ela tem uma intenção calra de afundamento de toda uam classe profissional. Outrora havia racismo de cor de pele. Esta situação vem confirmar as novas formas de racismos e instituem pela comunicação social. Ora, cremos que o direito à informação está em campo antagónico com o direito ao insulto; O direito à informação contrasta com o direito ao uso da mentira sobretudo quando tal, em vez de construir a paz, busca fazer germinar ou elevar o ódio de um povo face a um determinado grupo, seja ele étnico religioso ou profissional. A mensagem deste senhor (se é que é digno de uma referência destas!) para com os professores é tal que trata toda a classe como se fossem as "ovelhas negras" de um rebanho na busca de "bodes expiatórios" para as incompetências demonstradas por aqueles que está sempre (ou quase!) a defender: os socialistas!
Cada vez mais é premente denunciar esta nova forma de racismo. Temos a obrigação de denunciar estes tipo de racistas grupais que usam a mentira para, se o pudessem fazer (tal como Hitler tentou fazer com os judeus!) não um grupo étnico mas um grupo profissional. Ou melhor, uma mentira titánica, com um único objectivo: continuar a massacrar os professores, sem olhar a meios nem a fins! Uma vergonha. Cale-se. Remeta-se ao silêncio ou dedique-se a escrever romances. Aí, poderá escrever as mentiras que quiser debaixo de personagens travestidos. Mas no jornalismo exige-se seriedade factual e intelectual (que é o que lhe falta desde há muito tempo!).
E pergunta-se: Como é possível que um jornal, uma revista ou uma qualquer televisão em qualquer país do mundo possa dar voz a quem mente assim? Miguel Sousa Tavares é um Mentiroso Sem Tino que perdeu o sentido do equilíbrio, do razoável, do aceitável... que desconhece os limites da sua intervenção pensando que está acima da lei, de tudo e de todos.
Só por ignorância ou (quem o saberá!??) má-fé pura e dura algum senhor como este Sousa Tavares decidiria atacar (e de forma recorrente!) os professores, mentindo sistemática, reiterada e intencionalmente sobre tudo quanto se relaciona com estes profissionais: tempo de trabalho, salário, férias, ...
Sorte de Sophia de Mello Breyner por já não ter que ouvir as barbaridades de seu filho ou, seguramente, passaria alta vergonha ao ver a que nível baixou o seu filho!
Quando lemos no Expresso numa das suas insultuosas crónicas a que já nos foi habituando “Você sabia que os professores recebiam 25 euros por cada exame corrigido? Eu não, vejam lá a minha ingenuidade: estava convencido de que isso fazia parte das tarefas normais de um professor, as quais ele desempenharia com o brio de quem quer saber o resultado do seu trabalho ao longo de um ano.”
Ora, não só é mentira que os professores corrijam os exames dos seus alunos (aliás, como se sabe, os exames chegam aos professores totalmente anónimos!). Logo, os exames que cada professor corrige dificilmente seriam de algum dos seus alunos. E, por regra, são de escolas onde nem exerce onde os têm de recolher e voltar a entregar (por vezes, a centenas de quilómetros da residência!), custos que absorvem a maior fatia do valor (ridículo, nem duvidem!) que lhes pagam pelo trabalho que realizam e pela responsabilidade que é ter a seu cargo os exames de dezenas ou centenas de alunos. Assim, ao classificarem os exames, os professores não ficam a saber o resultado do seu trabalho: antes, vão permitir saber o resultado do trabalho dos alunos (ou será que é ao professor que compete estudar?). E isto assim é há décadas! No máximo das hipóteses (dada a filosofia moderna de que é o professor que tem de ser avaliado ainda que o aluno decida “ir ver a bola” ou “bailar na discoteca” em vez de estudar!) MST poderia ter escrito que os professores vão saber o resultado do estudo dos alunos e do trabalho dos professores!
Não menos grave é dar a ideia (uma vez mais e recorrentemente mentindo como se estivéssemos perante um Mentiroso Compulsivo!) afirma que os professores recebem uma remuneração por prova de 25 euros! Ora, bastava ser minimamente inteligente ou competente para pesquisar na internet e ver que o nº 1 do Despacho 8043/2010 sobre os exames ede 2009/2010 (já revogado!) diz o seguinte: “Os professores que asseguram a classificação das provas de exames nacionais do ensino secundário referentes ao ano lectivo de 2009-2010 têm direito à importância ilíquida de €5 pela classificação de cada prova.
E não me venham com a história de que se enganaram. Bem poderia se estivéssemos em 2002, em 2003 ou 2004 em que o escudo ainda era moeda de referência para muita gente. Hoje...? Qual quê. Esta é a prova de que MST é de facto um perseguidor nato dos professores. Ponto final. O impulso de MST no sentido de insultar e maltratar os professores é tal que imediatamente transformou os 5 euros em 5 contos. Mas percebe-se. Habituado (sem dúvida!) a receber um valor excepcionalmente alto por minuto pela “treta fiada” ou “verborreia discursiva” que emite nos canais de televisão, seguramente deve ter achado que 5 euros seria um pagamento inaceitável. Mas é verdade. Apenas 5 euros. E compreende-se. Hoje, já nem mesmo uma simples empregada de limpeza aceita trabalhar por tão pouco! Logo passou de 5 euros (mil escudos) para 25 euros (cinco mil escudos ou 5 contos!). De facto, euros e contos, para este "senhor" é tudo o mesmo! Por isso, escreveu a asneira astronómica que o “Expresso” (jornal ao serviço vá-se lá saber de que interesses!) publicou sem qualquer drama, demonstrando que a investigação do seu conteúdo não lhe interessa para nada. Nem no semanário de referência do regime.
Nunca classificamos exames. Mas os que classificam deveriam sentir-se insultados. É uma vergonha. No mínimo, o Director do Jornal Semanário Expresso deveria, para além de exigir ao senhor MST que se retrate, que faça público um pedido de desculpas do Jornal a todos os professores. Barbaridades como esta não podem ficar nos arquivos do Jornalismo sob pena de, caso este senhor (incompetente!) continue a ter a credibilidade que os meios de comunicação social lhe atribuem apesar da sua tremenda incompetência possa dia a História da Investigação usar esta MENTIRA como um verdade indiscutível.
A incompetência do bem remunerado MST vê-se na sua capacidade de análise quando na primeira metade da década de noventa defendia a filosofia do utilizador-pagador no que respeita às propinas defendendo que “os estudantes deveriam pagar propinas pois um dia iriam ganhar imenso por serem licenciados”.
O cidadão comum exige que os “opinion makers” sejam competentes para poder dar-lhes crédito. Assim, exige-se que verifiquem os factos de que opinam. Ora, esse é o mínimo que se pode exigir. Basta de mentira. Basta de entulho. Estamos fartos de comentadores e meia-tigela!