Falso Jornalismo ou A Apologia da Falácia
J.Ferreira
Do Socialismo Fracassado ao Jornalismo Falacioso
A recente notícia do Correio da Manhã (ver aqui ou mais em baixo!) é mais uma prova da incompetência dos que fazem um jornalismo que consideramos vergonhoso para um Estado de Direito Democrático. Este tipo de análise inquinada e fraudulenta dos dados é própria de um péssimo e vergonhoso jornalismo que não olha a meios para atingir fins.
É pois um jornalismo que se encontra, não ao serviço da informação e da verdade, mas antes ao serviço do poder. Para além disso, este tipo de jornalismo é um atentado à inteligência dos portugueses. Por que será que se calam os jornalistas com os verdadeiros atentados contra a fazenda pública como é o caso desta notícia : "Carris: administração recebeu viaturas topo de gama em ano de buraco financeiro de 776,6 milhões" (ver aqui!)?
Ora, meus caros, por que se calam estes senhores com os verdadeiros números que afundam as finanças mas, pelo contrário, apresentam falsos valores dos custos dos docentes destacados nos sindicatos (que ali se encontram por direito e no cumprimento da lei !)?
Por que motivo não se investiga e insiste nos graves problemas que levaram o país a afundar-se?
Sem dúvida. Estamos perante de um jornalismo que não passa de mais uma estratégia utilizada, repetida e periodicamente por um certo tipo de jornalistas sem escrúpulos que mais não visa senão ajudar os governos a justificar o linchamento social de uma classe de profissionais que sempre pautou a sua conduta pelo cumprimento das deliberações tomadas pelos seus superiores (leia-se, Ministros, Secretários de Estado, Directores-Gerais, etc... ) e que diariamente pauta a sua conduta de forma irrepreensível no exercício da sua profissão, com um indiscutível empenho na melhoria da educação dos nossos jovens.
Caros colegas.
É chegada a hora da verdade. Fomos assaltados legalmente. Nada podemos fazer enquanto estivermos presos a este tipo de ataques. Temos de agir... Já basta de ser espezinhados. Os últimos anos de soci8alismos serivram apra nos colocar a todos abaixo do nível do solo.
Lutemos, pois, contra este tipo de gente, contra este tipo de ataques de quem tem as rédeas da (des)governação e escapa aos ataques destes incompetentes titulares de uma carteira jornalista que nunca são avaliados, mesmo quando cometem autênticos crimes contra a inteligência.
Portugal está empestado de pretensos cidadãos que, em nome do direito à informação, atacam indevida e indignamente os professores como se de criminosos se tratasse. O jornalismo em Portugal sofre de uma enfermidade estranha que os impede de ver a verdade...
Estes jornalistas que se vêm juntando a Miguel de Sousa Tavares, nada mais fazem do que atacar os professores como se a crise do país não tivesse culpados e fossem os professores os bodes expiatórios de tudo isto. Os políticos desgovernam e nós é que teremos de suportar isto? Mas Vejamos. Esta falácia (assim lhe chama uma filha minha que ingressou em Física na Universidade do Porto, com 20 valores a todas as disciplinas e que frequentou uma excelente escola pública ainda que as quotas assim a não permitam considerar!) pode ser desmontada facilmente. Na verdade, o erário público apenas fica prejudicado no valor que tem de pagar aos professores que os substituem.
E se isto que afirmo é falso, que tenha a coragem este pseudo-jornalista de indemnizar o Estado na diferença entre o que dizem custar os sindicatos e as verbas que o Estado vai realmente deixar de gastar se os professores destacados regressarem às suas escolas.
Falácias, meus caros. Falácias que se baseiam em premissas falsas para atingir o objectivo que é primordial para este tipo de jornalismo que cxada vez menos deve merecer o crédito da população: arruinar a imagem dos professores.
Isto, meus caros, porque se os destacados regressarem às suas escolas, o Estado apenas poderá poupar o valor dos vencimentos dos professores contratados que os substituem (irrisórios situados no 1º escalão!). Será esse o valor em despesa que deixará de ser gasto pelo estado. Por isso... Falácias, meus amigos! Falácias que mais não pretendem senão justificar mais um corte nos direitos dos trabalhadores.
Mas... Qual será a solução?
Pois bem. Há que desarmar este tipo de gente que não tem de facto, mais que fazer senão inventar notícias onde incluem falsidades como se de verdades indiscutíveis se tratasse! Vamos. Tenham coragem de assumir a diferença da economia que o Estado fará entre esses 9.000.000 de euros e o verdadeiro valor que custam os professores que os substituem (cerca de 2.700.000 euros: ou seja, uma diferença superior a 6.000.000 de euros. Parem de mentir! Basta! Vejamos quanto custar afinal e na realidade, o númerod e destacados nos sindicatos.
O salário ilíquido de um professor contratado ( que está directa ou indirectamente a substituir um dos professores destacados nos sindicatos) é de € 1373,13. Isto, multiplicado por 212,5 (número de professores destacados incluindo os que apenas têm descarga parcial de horário) seguido de uma multiplicação por 12 (número de meses que está previsto pagar-se no próximo ano) dá a quantia de € 3.501.915. Menos de metade dos referidos 9.000.000 de euros...! Ou seja, menos de metade do valor divulgado pelo Correio da Manhã.
Ainda que se contabilizassem 14 meses, seria um gasto de € 4.085.061,75. Ora, deixem de mentir... Afinal, com os créditos sindicais legalmente estabelecidos, o custo é baixíssimo por trabalhador...
Logo, muito menos de metade do que aparece referido nas contas dos jornalistas incompetentes do Correio da Manhã. E, se pensarmos que grande parte deste valor volta para os cofres do Estado (em forma de impostos e segurança social que são deduzidos a estes valores brutos!), afinal… a montanha pariu um rato. Mas nada nos livrará da imagem social que ficou com esta notícia espalhada, de boca em boca, nas ruas e nas esplanadas dos cafés… Essa é que é essa!
Ora, feitas as contas aos mais de 140.000 professores, este é um gasto por trabalhador de cerca de 2 € por mês... Para um papel tão importante que têm os sindicatos no desenvolvimento de uma sociedade democrática, o custo é mesmo baixíssimo!
Perante isto, meus caros, só há uma solução:
Que todos paguemos uma quota adequada para que os professores que nos servem nos sindicatos possam ser pagos por essas estruturas. E assim, libertamo-nos das amararas que os levam a assinar muitas vezes acordos que nos são prejudiciais.
Obriguemos os que pagamos a defender-nos e preparemos uma verdadeira guerra contra estes incompetentes que afundam o país e nos querem sempre e sistematicamente culpar pelo fracasso das suas medidas!
Libertos desta amarra, verdadeiramente independentes, ataquemos o governo com uma VERDADEIRA greve de 2 ou 3 meses. E calemos a boca (ou o teclado!) aos jornalistas "inqualificáveis" e "incompetentes" que estiveram calados durante mais de 13 anos de (des)governação socialista permitindo que alguns se tenham ficado com as fortunas que desfalcaram o erário público, que tenham feito PPP's e outras engenharias danosas sem que respondam perante a justiça com, o próprio património.
Colegas! Vamos à luta!
É chegada a hora da verdade, de soltar amarras ao poder... do grito do Ipiranga. Como?
Tenhamos coragem de decidir se queremos continuar a ser autênticas marionetas nas mãos dos governos e destes incompetentes que têm acesso aos media usando falácias para enganar o povo e justificar os sucessivos ataques à nossa honra e profissionalismo. Como fazer isso?
É simples. Como disse, façamos dos nossos sindicatos verdadeiramente independentes.
Afinal, meus caros, só com o subsídio de natal e de férias que nos roubaram, poderíamos financiar muitos dos nossos sindicalistas. E coloquemos os que estão no meio da carreira a lutar verdadeiramente por todos nós. Libertemos as algemas que prendem os sindicatos ao governo. Não precisamos de destacados. Somos em número suficiente para financiar quem nos queira de facto defender, sem amararas ao poder. Bastará 10 euros por mês, entre os 150.000 professores, para o sindicato ter um orçamento de 1.500.000 euros mensais! Ora, com este dinheiro, podemos pagar facilmente aos nossos colegas que nos defendem nos sindicatos, independentemente do escalão em que se encontrem. Tenhamos coragem ou calemo-nos para sempre e aceitemos as regras e imposições dos governos
Será que temos coragem de dizer BASTA ?? Será que temos coragem de enfrentar quem tão mal nos tratas? Será que queremos continuar a ser sistematicamente massacrados?
Lutemos por um sindicalismo verdadeiramente independente! E já!
Aos Jornalistas apenas tenho a dizer: aprendam a fazer contas... O gasto do erário público tem de assumir pela existência de destacados nos sindicatos é simplesmente o dinheiro que tem de pagar aos docentes que os substituem. E, em última instância, no caso de regressarem aos seus postos de trabalho, ficarão de fora os contratados, forta de qualquer careeira e como tal com salários muito mais baixos do que o falsamente divulgado como sendo custo de cada professor destacado no sindicato.
Estando os professores que substituem os destacados num escalão de início de carreira, apenas recebem Situados no início (no início de carreira) que substituem os professores. Basta de propaganda e ataques aos professores. Deixem-nos em paz! Busquem a verdade e não inventem falsas notícias! Em suma... Vão trabalhar a sério e deixem-se de insultar a inteligência dos portugueses.
A prova da mentira e da falácia deste artigo pseudo-jornalístico está nele contida. Vejamos. Diz que “Em 2005, havia 1327 professores destacados que custavam mais de 20 milhões de euros.” Como é que apenas “212,5 dispensas” em 2011 podem custar 9 milhões? Que contas são estas? Sabendo que os salários estiveram congelados e que não houve progressão na carreira, como podem dizer que gastam 9,2 milhões com os destacados? Então reduzem de 1327 destacados para 212 (menos de 1/5 !) e apenas poupam ½ do gasto que faziam com os destacados?
Mais… Que contas fazem? Algo aqui não bate certo… Mas percebe-se o motivo: massacrar os professores acusando-os de contribuirem para desfalcar os contribuintes quando na verdade tal não sucede.
É com contas feitas desta maneira, que facilmente se percebe porque é que chegamos a ter contratos de parcerias público-privadas que arruinaram o país!
Como podem estes senhores serem dignos de chamar-se jornalistas se nem contas de mercearia sabem fazer?
Enfim… Uma vergonha de Jornalismo!