Novas Formas de Escravatura
J.Ferreira
O país está a saque... E os professores que aguentem com todas as descargas!
Porém, ainda que (como bem diz o povo) "enquanto o pau vai e volta, folgam as costas...", meus caros leitores, os professores já não suportam mais esta perseguição sistemática... Estão fartos de levar porrada! Temos as costelas todas quebradas... Já não há mais por onde bater...
Por isso, há que obrigar os que saquearam o país a devolver o que levram ilegitimamente.
Basta, senhores (des)governantes de fazer dos professores o bode expiatório de todos os males que foram causados pela incompetência dos políticos.
Foram os (des)governantes que enterraram Portugal... Não queiram agora fazer dos professores o bode expiatório.
Para trabalhar com alunos nos dias de hoje faz falta imensas horas de preparação e programação de actividades. Acrescem as reuniões frequentemente são agendadas para discutir o sexo dos anjos... Os professores são trabalhadores: não são missionários. Os professores têm família. Os seus filhos também têm direito a ter o mínimo de atenção dos seus progenitores (hoje não é possível dar-lhes mais!).
Que querem os políticos? Levar os professores ao suicídio social?
Parem de massacrar os professores... Não suportamos mais tanta injustiça, tanta pancada...
Busquem os culpados e obriguem-nos a devolver o que levaram...
Não interessa processos judiciais que dão todos em "águas de bacalhau". E, de nada serve também meter estes "senhores" (para não lhes chamar outra coisa!) na prisão.
Exijamos a devolução do que levaram indevidamente... Exijamos a anulação de todas as parcerias defraudadoras que servem para os ex-políticos manterem ordenados chorudos em empresas que eles criaram para garantirem a criação, manutenção e/ou ampliação das suas fortunas à custa do povo trabalhador. Por muito menos crucificaram Cristo!
Desde 2006, com a chegada de Maria de Lurdes Rodrigues não pararam de dar paulada aos professores. Estamos cansados de levar paulada. Basta...!
Foi o trabalho dos incompetentes (com ordenados de "profissão de desgaste rápido" porque gastam rapidamente as economias que o povo faz com enormes sacrifícios!!!) que conduziram a política económica nacional e nomearam administradores de empresas públicas, criaram parcerias público-privadas que proliferaram (sobretudo nos governos de Sócrates!) que levou ao (des)governo total do país. Sócrates tinha prometido e conseguiu cumprir: fazer da sua legislatura a Tempestade Perfeita. E Conseguiu!
E agora? Que fazem os que lhe seguiram? Qual o remédio que têm para sacar o país da crise? Dar paulada nos professores? Afinal, aqueles que nenhuma culpa têm (porque nada fizeram para afundar o país!) são os que vão pagar a crise? Como? Então, a solução é dar paulada nos professores?
Senhores governantes! Os professores não são os culpados da crise. Muito menos os seus alunos!
Não foram os professores que afundaram o país... Não foram os professores que criaram a empresa "Parque Escolar" que esbanjou dinheiros dinheiros públicos em meia dúzia de escolas que ficaram lusuosamente apetrechadas enquanto outras mantêm os seus equipamentos num nível terceiro-mundista! Não foram nem os alunos nem os professores que fizeram nenhuma das parcerias (como a das auto-estradas e SCUT's ) que afundam dia a dia e cada vez mais o nosso país!
Se os senhores políticos (deputados e governantes) tivessem feito bem o seu trabalho como o exigem aos professores (e estes, limitando-se a cumprir ordens e programas e como tal obedecendo a ordens que ora os mandam para a esquerda ora para a direita, ora que sigam um curriculo na vertical ora na diagonal!) e governado bem a "coisa pública" defendendo acima de tudo o interesse nacional (como os professores defendem os alunos!) estaríamos seguramente numa situação bem mais confortável economicamente.
Se em vez de esbanjarem os dinheiros públicos, estes políticos (maníacos do luxo que mudam de carros oficiais porque não são eles que os pagam enquanto os professores se têm de deslocar às suas custas (seja em transporte público ou em viatura própria, assumindo todos os gastos de combustível, manutenção, reparação, seguros... etc, para servir os alunos) se preocupassem por gerir efectivamente os dinheiros públicos como se fossem os seus bens, não teríamos chegado ao descalabro económico a que chegamos.
Dizem que com as suas medidas colocam sempre "o interesse comum" ou "o interesse nacional" acima dos interesses partidários. Mentira.
Se tivessem feito uma boa gestão dos dinheiros públicos, não tínhamos chegado ao ponto a que chegamos... No entanto (há que o relembrar!) houve algo que Sócrates prometeu (sem estar em campanha eleitoral) e cumpriu-a.
Assim, os políticos não colocaram os interesses dos partidos à frente dos interesses nacionais. O que colocaram à frente dos interesses nacionais foram os interesses pessoais (e das suas famílias e famílias políticas). Assim se explica que os partidos continuem pobres e a necessitar de explorar ainda mais o povo.
Basta ver a quantia que consta do Orçamento de Estado para a campanha das autárquicas... Só partidos pobres e miseráveis necessitam destas ajudas do Estado.
Aos professores apelo: deixem-se de lutar contra os Sindicatos! Deixem-se de criticar os sindicalistas... Não foram os professores que afundaram o país. E, mesmo que existam elementos destacados pagos pelo erário público, o que se gasta comparado com a campanha eleitoral, é irrisório! Aliás, os sindicatos desempenham uma função que seria necessária assegurar pelo Estado (como a informação aos professores que teria de ser prestada pelos serviços da Administração Educativa e também ao nível da Formação Contínua!) e como tal, tão nobre quanto a dos elementos dos partidos que são pagos com o erário público.
A campanha a que assistimos contra os sindicatos tem cheiro a conspiração. Atacar para desvalorizar e extinguir... No entanto, meus caros, os sindicatos têm uma função social na defesa dos seus trabalhadores. E os partidos não. Os dinheiros gastos na maioria dos partidos servem apenas para defender os poderosos. Essa é que é a verdade, nua e crua. E compreende-se: são os poderosos que lhes poderão garantir trabalho e ganhar a vida (com ordenados chorudos!) quando deixarem o Parlamento (ou os cargos políticos para que foram nomeados).
Aos professores deixamos a seguinte mensagem para reflexão:
Os partidos absorvem do Orçamento do Estado milhões de euros para serem gastos em campanhas eleitorais inúteis para o povo. O que pode mudar no parlamento é a origem dos deputados. De resto, eles serão sempre em número mais que suficiente (sejam de que quadrante forem!) para usurpar ao povo o seu contributo em impostos... E as eleições repetem-se ciclicamente...! Pagaremos sempre para estes senhores gastarem em cartazes... Afinal, por quanto fica (em média) um deputado eleito aos contribuintes portugueses?
Ora bem... Se dividirmos dinheiro que sai do Orçamento de Estado pelo número de deputados que acresce a cada partido como resultado do acto eleitoral descobrimos que estamos a esbanjar periodicamente milhoes de euros pois muitos partidos apenas aumentam um ou 2 deputados e outros até os perdem... E pagamos para que estes senhores nos enganem com promessas que sabem que depois não podem cumprir.
Enfim... Pagamos para ser enganados. Os partidos, para desenvolverem as suas campanhas eleitorais e apelarem ao voto (seja em cartazes ou noutras formas de campanha, incluindo as viagens, dietas, etc...!) usam dinheiros públicos que retiram (legalmente, por leis que eles fizeram e aprovaram!) dos cofres do Estado (que diz não ter dinheiro para aguentar uma educação de qualidade de nos corta o subsídio de férias e sobretudo, o de Natal que efectivamente constitui um mês de salário confiscado pois este pretenso subsídio corresponde aos dias não pagos nos meses que têm mais de 20 dias úteis, isto é, 4 semanas de trabalho, consideradas de segunda a sexta-feira) fica por um valor descomunal...! Bom... como dizia Guterres, "façam vocês as contas"!
E o pior (que nem interessa falar!) é que os partidos gastam milhoes em campanha eleitoral para aumentarem (ou até reduzirem!) ciclicamente o número de deputados. Mas o cômputo gloal de deputados na Assembleia mantêm-se. Ou seja: fica tudo na mesma. Com a disciplina partidária, não há liberdade de voto de nada nos serve mudar pois seguiremos pagando para que nmos cobrem cada vez mais impostos...
Aos políticos não se nos apraz nenhuma outra mensagem senão esta:
Sejam bons gestores da "coisa pública". Assumam os erros das vossas medidas... E se não se sentem capazes de governar, por favor, tenham vergonha e demitam-se... e deixem que o façam profissionais (como em Itália!). Basta de afundar o país e de buscar bodes expiatórios (como os professores) para crucificar pelos vossos erros... Estamos fartos...