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Até que o Teclado se Rompa!

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." (Martin Luther King)

Até que o Teclado se Rompa!

"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons." (Martin Luther King)

J.Ferreira

 

Se o exame dos professores é uma inutilidade... o exame dos alunos do 4º ano é também inútil. Pobres crianças, do tamanho do chão, a serem submetidas a provas, muitas vezes longe das suas escolas de origem, em ambiente totalmente estranho, com professores desconhecidos... tratadas como se fossem pequenos adultos, homens pequenos e mulheres pequenas. Ora, uma criança não é um homem ou uma mulher em miniatura. Parece faltar ao Ministro da Educação (essencialmente científico!!!) um pouco de conhecimento de psicologia e pedagogia! A escola não deveria ter como objectivo treinar humanos para responder a exames. Antes, a escola deveria (voltar a) ser o local mais indicado para que as crianças e jovens desenvolvam ao máximo as suas capacidades. Interessa que sejam capazes de desenvolver as suas competências nas áreas que o futuro lhes exigirá para superar as dificuldades da vida. Em situação de exame, é natural que o grau de ansiedade interfira com os resultados. Por isso, a pergunta acaba por ser sempre a mesma: O que medem os exames

Parece-nos quea a visão do actual Ministro da Educação face à forma como deve ser validado o conhecimento dos alunos (provesso de avaliação) está redondamente inquinada. Usar o exame como meio de medir o que quer que seja é um erro, uma inutilidade! Aliás, basta ver as notícias para perceber que assim é. Alunos que aprovam num exame estavam aprovados ao longo do ano. Raros são os que, tendo reprovado durante a avaliação que é feita pelos professores, acabam por superar e aprovar no exame.

As aulas de recuperação no final do ano, em apenas umas semaninhas (depois dos alunos estarem já cansados de todo um ano lectivo) vêm demonstrar que o exame é uma fantochada. Das duas uma, ou o primeiro exame nada mede e o segundo já mede alguma coisa ou então, umas aulinhas no final do ano (depois do aluno se ter demonstrado incapaz de aprovar) teriam um efeito miraculoso que mais valeria andar todo o ano a brincar e dedicar-se num mesito para aprovar...! Realmente, se as aulas de recuperação servissem para os alunos, reprovados ao longo de todo o ano e nos três trimestres, aprovarem submetendo-se apenas a uma única prova... quem poderia acreditar nas notas atribuídas pelos professores?

Os resultados dos exames provam que Apoio extra para alunos fracos a Matemática e Português "é um engodo". Foram muito poucos os alunos que aprovaram na prova que nada mede (prova do 4º ano). Falta, pois, quem venha explicar para que servem estas provas? Que os jornalistas investiguem (mas a sério)!

Há alunos que tiveram nota 1 (no primeiro período) nota 2 (no segundo período) e nota 4 (no terceiro). Estes, foram a exame e, independentemente da nota do exame, foram aprovados...

Outros, com melhor classificação... reprovaram porque tiveram nota 2 (no primeiro), nota 2 no segundo e nota 3 no terceiro... Foram a exame, e mesmo conseguindo mais de 40% reprovaram!

É esta a nossa forma de avaliar...??? Enfim... Uma fantochada!

 

 

 

J.Ferreira

Depois de termos assistido, nos últimos anos (quase uma década) à tentativa de denegrir a competência dos professores por parte dos nossos parlamentares que aprovam (ou autorizam) que o governo insulte sistemática (diria, estrategicamente) a competência dos professores universitários (os únicos que aprovam e atribuem licenciaturas em ensino aos professores das escolas portuguesas) sem que se faça notar a sua indignação, eis que, numa rede social, aparece  uma deputada a "meter o pé na poça" escrevendo com erros ortográficos.

 

E, contrariamente ao que refere a notícia — "Observando com atenção é possível perceber que Catarina Marcelino escreveu “tulero” ao invés de “tolero”, “sensura” ao invés de “censura” e “bloquiarei” ao invés de “bloquearei”." — não é necessário estar muito atento pois os ERROS são ABUNDANTES... e CHOCANTES.

 

Ora, quando uma deputada escreve com tão vergonhosos "erros ortográficos" a única medida que o governo deveria tomar, de imediato, era a criação de uma PAP para se aceder ao Parlamento... Ou seja, para quando uma Prova de Aptidão Parlamentar? 

Será que não merecemos mais competência àqueles que ocupam lugares em órgãos de responsabilidade do Estado? Devermos continuar a admitir a que acedam a cargos deste calibre, pessoas com tamanha incapacidade ou ignorância?

 

Enfim... E que faz o Senhor Ministro da Educação, Nuno Crato...? Um ministro que tanto insiste em examinar os professores (que já foram examinados... !!!) de que está à espera para propor aos seus pares do governo que seja criada e aplicada uma Prova de Aptidão Parlamentar??? Vamos! Coragem, senhor Ministro. Já agora, uma ajudinha... Por que não chamar à dita prova de "Prova Ortográfica da Recuperação com Reforço de Aulas.  E, seria até interessante ver como reagiriam os seus "pares" (políticos) quando soubessem que, para serem parlamentares (ou até governantes) se teriam de submeter à sentença da dita PORRA.

E, já agora, mais interessante seria que a PORRA fosse aplicada a todos os candidatos a qualquer Órgão de Soberania de Portugal  (com menos de 5 anos de exercício)...

Afinal, nada de extraordinário aqui é proposto... E, parafraseando o que foi afirmado por responsáveis governamentais sobre os professores, perguntaríamos: "que político tem medo de se submeter à PORRA!

 

Ai não o querem fazer porque seria desprestigiante para os nossos parlamentares porque também eles (como os professores...!!)  já deram provas nas escolas??? Ai sim!???  Ora... PORRA! vejam então como podería ser APROVADO um deputado Nuno Magalhães Deputado CDS: "Entre Vitimas e Criminosos Estamos do Lado dos Criminosos". Esta afirmação é uma autêntica aberração...!!! 

 

 

 

Aqui, escrevemos em desacordo ortográfico... Deliberadamente!

 

 

 

J.Ferreira

Santana Castilho (no seu texto "O mercado municipal") tocou uma vez mais na ferida... E, o quer espera este país... já em nada nos surpreende.

 

"A municipalização da educação está a ensaiar os primeiros passos em contexto estratégico favorável, prudentemente escolhido" (...)"

"Há um fio condutor para esta proposta, qual seja o de impor à Educação nacional o modelo de mercado, agora de mercado municipal. Trata-se de transformar o acto educativo em produto de complexidade idêntica à rotunda ou à piscina municipal. Quer-se apresentar a Educação como um simples serviço, circunscrito a objectivos utilitários e instrumentais, regulado prioritariamente por normas de eficiência. Querem exemplo mais escabroso que o convite para que as câmaras cortem professores, até ao limite máximo de 5% do número considerado necessário, a troco de 12.500 euros por docente abatido?" (texto integral aqui)

 

De facto, cada vez mais se assiste a uma caminhada (cega... mas de uma cegueira surda) em direcção ao abismo. A Educação em Portugal caminha para o abismo como os ratos do Flautista de Hamelin caminhavam para o rio... E o povo que deve conhecer bem este conto, deveria estar mais prevenido contra estes encantadores de serpentes.

 

Depois dos políticos decidirem sobre a língua de Camões (insultando-a!) com o acordo Ortográfico, chegou a vez de colocarem nas mãos de um certo grupo de políticos - esses tais que se auto-intitulam de cidadãos eleitos (quantas vezes!!!) para (des)governar a polis ... o que é bem diferente de "competentes" - o destino educativo de uma ou mais gerações. Que triste! os que deveriam governar a Educaçãod e um país deveriam ser aqueles que a ela se dedicam a tempo inteiro e não uns paraquedistas que, de opinião em opinião (tal como os papagaios que, de palavrinha em palavrinha, lá vão encantando a população!) conseguem chegar à cadeitra da decisão (ministro!).