Do Sonho Prometido à Vida de Pesadelo
J.Ferreira
Como Portugal chegou onde chegou??? Simples. É que as Não-Promessas dos Socialistas são para cumprir!
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J.Ferreira
Como Portugal chegou onde chegou??? Simples. É que as Não-Promessas dos Socialistas são para cumprir!
J.Ferreira
Ao ler uma notícia do Expresso, decidi manifestar a minha indignação pela leviandade com que se afirmam determinadas posições. Vem a propósito de um tal senhor, responsável pelo PISA da OCDE.
Em vez de conter mais um disparate que iliba os políticos e (des)governantes que conduziram as escolas a este status quo, o prelector afirma que "o método de ensino nas escolas portuguesas tem de evoluir para se adaptar às novas exigências(...)".
Uma intervenção séria deste senhor seria se dissesse: “Os sucessivos (des)governos de Portugal ainda não conseguiram transformar as escolas do século XX em Escolas do Século XXI.
É incrível a força do que se pode dizer do alto do cadeirão de um qualquer gabinete… mas o terreno, esse é outra loiça. Estes senhores, em vez de se concentrarem em atacar a incompetência dos governantes, não se cansam de atentar contra o profissionalismo dos professores.
Os pais portugueses, com o mesmo nível de rendimento, pagam (se não fugirem aio fisco) o mesmo níerl de imposto. Porém, a realidade portuguesa, quando toca a recursos para os alunos (filhos dos portugueses que são taxados por igual nos impostos) o que é que constatamos? Simples, UMAS ESCOLAS TÊM TUDO… e “OUTRAS TAMBÉM… NÃO”! Assim:
Umas escolas têm quadros interativos para os alunos … “OUTRAS, TAMBÉM NÃO”!
Umas têm computadores e tinteiros… “OUTRAS, TAMBÉM NÃO”!
Umas têm fotocopiadoras a cores … “OUTRAS, TAMBÉM NÃO”!
Umas têm espaços de lazer e recreio … “OUTRAS, TAMBÉM NÃO"!
Umas têm bibliotecas e jogos didáticos… “OUTRAS, TAMBÉM NÃO”!
Enfim… Uma lista enorme que não interesse ir mais além no lamento. Isto demosnstra que, sem uma verdadeira autonomia, sem a adequada autonomia fincanceira nenhum Projeto Educativo terá consistência porque será impossíveld e concretizar…
A educação não se compadece com rupturas… necessita, tal como o conhecimento, de uma certa inovação na continuidade do que se considere fundamental, estruturante… Porém, assitimos há uns anos a esta parte, à implementação de medidas emanadas do Ministériod a Educação que são de aplicação forçada e que em nada contribuem para a necessária estabilidade do sistema Educativo.
Há anos escrevia que, para os responsáveis portugueses (responsáveis pela (des)governação da educação e contrariamente ao estipulado pelos princípios da Matemática) a distância mais curta entre dois pontos seria uma linha quebrada, ou seja, uma linha poligonal aberta, traçada em forma de ziguezague e não um segmento de recta.
Ora, com timoneiros que optam pela “navegação à bolina”, continuamos a traçar o caminho da educação ora para um lado, ora para o outro, conforme a tendêncai (ou as ideias, que nem me ateevo a classificar) dos Ministros que gostamd e deixar as suas amrcas no Ministério.
É assim que, em função das ideias dos “donos do navio da educação” (leia-se, dos timoneiros governamentais) conduzem o cruzeiro… Da mesma forma que os donos do Titanic obrigaram o capitão a acelerar… os profissionais que trabalham no terreno e têm experiêcnia, esses, são colocados de lado. Apenas se ouvem os técnicos de gabinete… E o destino do Titanic,… todos sabemos, não é vaerdade? Pois bem. Continuem a dar importân cia aos que mandam… aos que são os donos do navio e veremos o que vai a Educação!
Nós, os que estamos no terreno, os que vivemos com a realidade da falta de tudo (ou quase tudo, os que nem uma fotocopiadora a preto e branco temos, que fazemos mais de 50 fotocópias (que se enroscam numa fotocopiadora terceiromundista, que empanca a toda a hora, que deixa os textos do papel ilegíveis e amarrotados, nós que perdemos 1 hora do nosso tempo pessoal (umas vezes ao fim do dia e outras durante o período do almoço) para apenas conseguir fazer 26 fotocópias (uma para cada aluno!)… Nós, os que leccionamos numa escola com 5 salas de aula mas que apenas uma (a do 4º ano) possui quadro digital interactivo… (e que, diga-se, no ano transacto esteve quase todo o ano avariado e sem ser reparado!)…
É das nossas escolas que dizem que “ainda não fizeram a transição para o sévculo XXI”???
E com muita razão… os professores estão mais do que formados para trabalhar com as tecnocogias… Dêm-lhes a cana e verão como se pesca!!!
Na sala de aula, o único computador existente (velho, lento, e ineficiente…) há mais de um mês que não funciona. Avariou… Alguém quem quer saber de o mandar reparar???!!!
Se disseram “claro que não!”, aAdivinharam.
Ah… não havia dinheiro? Sim??? Mas para comprar os BMW para os senhores do parlamento (que apenas tinham 8 anos!!!!) já houve dinheiro! Sim. Carros da marca do meu (que, ainda por cima é a gasolina, e tem menos durabilidade que um diesel como os do Parlamento!!) ficam “lixo” ao fim de 8 anos!!! Ora, o meu que tem mais de 14 anos, meus caros… Os do parlamento foram todos substituídos… porque foi com dinheiro do contribuinte. Mas para a escola, não há dinheiro!!!! Gastavam mais em reparações que se comprassem um novo!!! Ora, contos da Carochinha e do Pai Natal… Puxa! O meu continua a funcionar e eu nem sou condutor profissional e levo-o ao mecâncio da esquina porque me fica caro reparar na marca… Mas funciona e não gasta o que dizem. Aliás, como o meu avô dizia: “das três, uma”: ou os condutores oficiais são muito maus condutores (e que os substituam); ou o que disseram sobre o gasto em mecânica é mentira; ou alguém andava a mamar com os valores das reparações em reparações!!!
Com estas e com outras, a desculpa da falta de dinehiro é só para a Educaçõ… E disseram, há anos atrás que investiram milhões em Educação…? Perdão! Investitram “uma ova”. Investiram, isso sim, uns alrgos milhões na renovação de edifícios (afectos à educaçã, é claro!) mas que em meia dúzia de anos passaram para outrras áreas… porque fecharam, A isto se chama em espanha “despilfarrar” dinheiro público. Mas fizeram-no poque n~ºao tÊm qualquer coordenação entre as políticas a médio prazo. A cada vez que chega um novo Ministro da Educação… muda-se a rota… muda-se o rumo, mas as escolas continuam com os mesmos meios (ou com a ausência deles!).
A sala onde exerço com 26 alunos não tem computador ! E, os cinco docentes, apenas dispõe de um computador com impressora… cujos tinteiros se pagam com as verbas de contributo dos alunos!!! Isto é teceiro mundista. Uma Escola primária, em Espanha, aqui ao lado na Galiza, para apenas e tão só 16 alunos não só tem 2 professores a tempo inteiro como ainda tem outro docente que lá vai exercer mais um dia por semana! E — pasmem! — recebeu este ano mais de 7.500 euros para desgaste…!! E não tem autonomia. Imaginem só se tivessem autonomia!!! Ou melhor, para que querem eles autonomia??? E riem.-se quando digo que as escolas portuguesas têm autonomia ( a que, para não mentir, me sinto forçado a acrescentar: “para gerir o vazio financeiro”!!!)
Escolas do século XXI??? Numa escola do Século XXI, os professores deveriam ter nas salsa de aula as tecnologias do século XXI (computadores, e no mínimo, quadros interactivos!) para poderem explicar aos alunos alguns conceitos e não as tecnologias do século XX (quadro e giz) .
Os docentes estão cansados de lutar contra a corrente, e esbarrar sempre com o eterno problema:
As escolas limitam-se a navegar para onde os capitães do nacio mandam... E os donos do Titanic (tal como os governantes do país!) vão contra a vontade, o saber, o conhecimento e a experiência dos verdadeiros timoneiros (os profesores) que no dia a dia enfrentam as tempestades de alto mar (dificuldades com a idiossincrasia das nossas escolas) insitem em levar o barco por rotas que levarão à colisão e ao desastre… Mas, eles nem se preocupam porque têm a vida (o emprego, o futuro) no seguro… (mudam de um para outro poleiro,m na eterna dança das cadeirtas, e nunca são responsabilizados pela porcaria que fazem). Os pobres (os alunos e os professores) é que são o mexilhão que nem aos meios de defesa conseguem chegar (porque não têm acesso aos meios de comunicação social como os governantes) para desmascararem os culpados do desastre educativo. Os pobre não terão lugar porque não há salva-vidas para todos!