O Pântano da Educação em Portugal
J.Ferreira
O Estado a que chegou o país é o resultado de tantas e tantas medidas avulso, espartilhadas, que retiram a autonomia às escolas. São obrigados a passar para o 2º ano de escolaridade os alunos todos, independentemente de conhecerem ou não apenas uma única vogal.
Afinal, para que serve a escola? Para a integração social...?
Depois, como pode uma professora (será que o é?...) pode defender este sistema que faz frustrar os jovens.
Não querem traumatizar os alunos? Incrível... Isto é só para a estatísticas...
Estes jovens vêm e tomam consciência do seu fracasso todos os dias... Sim! Quando ao seu lado vêem que os colegas acompanham e compreendem o que se passa, eles estão ali a "ver passar o tempo". Pobres e Infelizes.
Vejam o que diz este jovem quando o vídeo se aproxima dos 1:36 minutos:
Ele neste momento é um aluno que falta mais do que já faltou no passado". Ora, senhora doutora! Com que nos quer enganar? Qual é o jogo das palavras que prefere? Andamos a brincar à "verdade da mentira" ou à "mentira da verdade"?
"Falta menos, peço desculpa! Falta menos do que já faltou em outros anos da sua escolaridade...!"
Ou seja, o objectivo da escola agora é que um aluno falte menos do que no passado... E que ganha a criança com isso?
Mas o mais comovente e indignante é ver que, à pergunta "Que fazes na escola?", a resposta do Marco é inequívoca, se haverá alguém que, depois do vídeo tenha dúvidas sobre para onde caminha o ensino, com as leis destes políticos:
"Estou na escola sentado!"
E à pergunta da jornalista "Faz sentido estar no 8º ano?" a resposta do sistema é evasiva:
"Ele tem tido alguma satisfação com a escola". Porém, o Marco é peremptório:
"Ai a Escola? É a morte. Não gosto da escola... preferia andara a trabalhar!..."
A resposta dos políticos que têm (des)governado a educação levou à criação de um autêntico pântano no ensino oficial público. Porém, se no privado coisas deste tipo não sucedem, das duas uma: ou as privadas têm autonomia para violar o estipulado na legislação (quanto ao tempo e número de retenções que estes alunos podem ser submetidos) ou então este tipo de alunos (com necessidades educativas especiais com este jovem, quem sabe, um lesão cerebral originada por factores que aqui não interessa dissecar) não chegam às escolas privadas (e se chegam, rapidamente são transferidos para as públicas, tal como casos que bem conhecemos!). Quizas, esta última seja a verdade das verdades. Qual seria o pai que pagaria uma mensalidade para que um filho estudasse numa escola privada se o mesmo apresentasse características semelhantes a este adolescente?
Enfim...
Por isso, só podemos concluir que, a continuarem a ser os políticos sem provas dadas enquanto educadores nos diversos níveis de ensino (quantas vezes engenheiros ou doutores que de ensinar, pouco ou nada percebem!) a decidir o caminho da educação, estamos certos de que continuaremos neste "bom caminho"... Enfim... a fazer como a avestruz!
Talvez não fosse má ideia acabar de vez com a escola e oferecer diplomas... Aí, sim, teríamos verdadeiras Novas Oportunidades.
E sempre se evitava ter de despertar com a realidade nua e crua: