Devagar Devagarinho Não é Caminho
J.Ferreira
Caríssimos leitores.
Raramente nos colocamos a dissertar sobre assuntos de ordem económica. De facto, não tendo formação aprofundada nesta área, temos consciência de que, quando se fala de economianão é necessário ser-se licenciado para entender se o caminhho que trilhamos conduz ao equilíbrio financeiro das nossas contas ou ao abismo. Quantos portugueses são sistematicamente chamados a gerir o seu (parco!) Orçamento Familiar sem que tenham qualquer formação na área da economia? E, na sua grande mairoria, estes "mini-gestores" facilmente percebem até onde podem ir, percebem se o caminho das finanças familiares está a conduzir a família para a desgraça (com um endividamento que os impedirá ter condições para "chegar ao fim do mês") ou para a prosperidade (levando a fazer crescer o bolo dos dinheiros aforrados em tempos de vacas gordas para gastar no tempo de vacas magras). O equilíbrio orçamental das famílias é fundamental. Sem ele, qualquer país afunda-se. Tal como dizia uma professora universitária, a economia de um país depende da economia das famílias. Logo, um Estado que conduz as famílias à miséria, é um Estado condenado ao Abismo.
De facto, com as famílias a verem os seus endimentos baixarem substancialmente (fruto do desemprego ou da redução salarial) vir colocar agora as SCUT's a pagar, apenas ajuda a afundar ainda mais as famílias. Ao penalizar a circulação de pessoas e de bens, lá se vai a fluidez comercial tão necessária à recuperação económica.
Se analisarmos as estruturas rodoviárias, depressa concluiremos que, excluindo as auto-estradas e as SCUT's, Portugal tem uma rede viária atrofiadora para qualquer actividade económica: não há alternativa às mega-estruturas rodoviárias! As estradas nacionais são terceiro-mundistas. Assim, ou as empresas faziam repercutir o custo de transporte dos produtos (combustível a preços proibitivos, portagens caríssimas,... ) nos preços dos produtos, ou rebaixzam os salários ou então que se preparem para acumular prejuízos (incomportáveis para a sanidade das suas contas!) começando a trilhar o camiho mais rápido para a falência. A actividade económica tem um jugo pesadíssimo que se traduz nos custos de mobilidade de pessoas e mercadorias incomportável para uma sociedade moderna em que a competitividade é a arma principal. Estamos num país em que, para se deslocar 20 kms se necessita de uma hora. Alguns exemplos para ilustrar:
No percurso entre Braga e Guimarães (cerca de 20 kms), cumprindo as regras de trânsito (limites de velocidade, linhas contínuas...), é quase impossível fazer-se uma ultrapassagem (linhas contínuas). As paragens situam-se na via pública. As filas são intermináveis... E em hora de ponta... já nem se fala!
No percurso entre Braga e Vila verde (apenas 11 kms!), pela estrada nacional, é quase impossível fazer-se em menos de 30 minutos! Algumas das paragens dos TUB (todas na via pública e com agente único que tem de cobrar bilhetes!) são intervaladas, por vezes, com menos de 200 metros (como se andar um pouco a pé fosse quase um crime, já que no meu tempo de estudante, percorria quase 1 km para apanhar uma autocarro!).
Enfim. Muitos outros poderiam ser aqui colocados... Desafio-vos a que o façam, redigindo um comentário...!
Pergunta-se: Para quando uma lei de TOLERÂNCIA ZERO" às paragens na via pública? Será que ninguém do Governo (Ministério dos Transportes), das Câmaras Municipais ou das Juntas de Freguesia é capaz de levar uma medida destas adiante?. Já pensaram o quanto permitiraia fluir o trânsito nas estradas nacionais!?
Com esta filosofia instalada, e com uma rede de transporte púbico ineficaz, quer nos horários quer no tempo dos percursos!) somos obrigados a usar viatura própria. Porém, muitas vezes o desespero se apodera dos automobilistas que, colocados detrás de um camião em marcha lenta ou de um autocarro que arranca e pára (sempre com linha contínua entre paragens!). Os riscos de acidente aumentam. É o arranca e pára consecutivo. Nenhum comerciante pode sobreviver...
De facto, se todos os cidadãos (ainda que fosse apenas durante uma semana) passassem a utilizar as estradas nacionais ( e exclusivamente as nacionais!) o país parava. Espanha pensava em colocar a pagar as "autovias" mas... eles sabem que tral medida apenas serviria apra prejudicar ainda mais a economia, dificultando as deslocações quer de quer apra outras comunidades da Europa. Assim, uma tal medida, em vez de ajudar a desenvolver, incrementar e fluir a actividade económica iria seguramente atrofiar todo o processo produtivo. Aliás, é geral a sensação de revolta face à introdução de portagens por todo o lado e ao sistema absurdo de pagamento (o tal aparelho que é necessário ter nos carros ou então é um emaranhado de problemas e perda de tempo para poder pagar!) traduzindo-se no desinteresse generalizado em viajar a Portugal por parte das gentes das comunidades fronteiriças de Espanha que, quer de fim-de-semana quer durante a semana frequentemente viajavam a Portugal, incrementando a entrada de divisas no nosso país). O que estamos a fazer com estas portagens é um remendo às parcerias incrívelmente ruinosas que os (des)governantes fizeram com os privados. Foram os socialistas populistas (como António Guterres) que andaram a enganar o povo prometendo-lhes um paraíso cor de rosa, criando as SCUT's (coo se o dinheiro nascesse e caísse das nuvens!). Estas parecerias foram um esbanjar de dinheiros públicos que só poderiam conduzir ao descalabro económico. A fúria de engordar as empressas privadas que fizeram um "negócio da china" com o Estado Socialista, está à vista. Os portugueses que paguem a factura. Enfim... "É "bem feito" para os Zé-Pacóvio's pois foram eles que elegeram tais (des)governantes e não os demais cidadãos europeus!
As políticas levadas a cabo pelos políticos que nos (des)governaram na última década permitia-nos facilmente prognosticar que seríamos como o Titanic e que o nosso destino seria uma fatalidade. Eles prometeram... alertaram para o que iriam fazer mas poucos quiseram perceber o que os governantes tinham bem registado no seu subconsciente. O país estava em festa... O povo, "embriagado" com discursos de bem-falantes, ignorou os avisos. E, iniciada a tarefa de afundar o país, não tendo conseguido alcançar os seus objectivos, usou todos os meios para qu4e fosse reconduzido (ainda que apenas por alguns anos!) para "concluir o seu trabalho": afundar o navio.
De facto, em 2009 José Sócrates tinha-se equivocado. Sim. O seu (des)governo não tinha (ainda) sido "A Tempestade Perfeita". Nesta o comandante do barco afronta uma tempestade (como um tsunami!!). E, decidido a rumar ao Cabo Flemish" um dos intervenientes ironicamente sugere "Why not Portugal!"... Assim, quando em 2009 conclui a sua primeira legislatura, ainda não tinha atingido os seus objectivo: afundar o país. Por isso, voltou. Durante os dois anos de legislatura que se seguiram, Portugal deu um passo de gigante para o abismo! O trabalhinho estava feito. Chegara a hora de "passar-se ao... estrangeiro" (compreenda-se, pois não queremos ser grosseiros!). E foi "estudar" para Paris. Para a Surbonne, para aprender filosofia ou talvez para aprender a “surbonnar” melhor (qualquer semelhança com "subornar" é pura coincidência!). E aqui chegamos. Com a mudança de governo, alguns de nós esperavam um rumo inverso face ao destino anunciado: abismo. Mas não. As famílias continuaram a ser "sovadas"... Entram-nos (legalmente, sempre, é claro!) no bolso a toda a hora. Lembram-se da taxa da televisão que era paga na energia eléctrica... lembram-se!? Pois bem. Os míseros 400$00 (actualmente 2 euros) foram substituídos por centenas de euros pagos na actual factura de energia... Custos independentemente do operador (porque correspondem a compromissos que os socialistas fizeram com empresas e cujos custos imputou ao orçamento das famílias! Isto sim... é socialismo. E com uma demagogia populista se consegue o voto de uma maioria popular que, independentemente de contribuir para o orçamento ou não, tem direito a voto e os coloca onde querem: no governo. Com esta taxas inventadas por Sócrates e seus (des)governantes, o dinheiro para essas empresas deixou de sair das arcas do Estado, e como tal, os socialistas não tiveram de passar pelo enxovalhamento público se aumentassem ainda mais os impostos (como o IVA que tanto criticaram a Barroso por o ter passado de 19% para 21% em 2003 mas que em 2005, imediatamente depois de chegar ao poder o aumentaram para 23%). E já nem queremos falar do assalto ou desfalque para as arcas públicas dos "negócios da china" efectuados pelos privados naquilo a que chamaram "Parceria Público-Privadas".
Já quase nada resta ao Estado. E quando em Espanha se defende cada vez mais um banco público como a forma de segurar a economia, em Portugal fala-se de privatizar a Caixa Geral de Depósitos (é claro, primeiro a menos de 50%... Depois, mais um ou 2% para tapar um buraco e lá se vai o Banca Pública portuguesa a preço de saldo para a mão dos privados, conscientes de que só estarão para e receber altos salários e benefícios em tempos de vacas gordas para se porem na alheta (como em Espanha) com altas indemnizações quando chegarem as falências bancárias obrigando os cidadãos a suportarem com impostos a injecção de dinheiros públicos na banca privada... É incrível esta Europa. O nosso país poderia caminhar com passos de tartaruga (devagar, devagarinho!) rumo a uma desejada recuperação. Porém, com as medidas atrofiadoras dos orçamentos das famílias (um autêntico "assalto legal" à bolsa dos cidadãos!) em que se transformou a fuga dos governantes, Portugal continuará a sua marcha lenta a caminho do abismo. Prova disso é o que por Espanha chamam de "prima de riesgo" (valor do excedente a pagar pelos juros dos empréstimos comparativamente com o que é conseguido pela Alemanha nos mesmos mercados financeiros internacionais!). Se analisarmos os dados publicados hoje, constatamos que continuamos a Bom Caminho... O abismo (a que chegou a Grécia) está mesmo ao fim da linha... Ou seja, ali mesmo ao virar da esquina!