Uma Educação Tipo Catavento
J.Ferreira
Santana Castilho (no seu texto "O mercado municipal") tocou uma vez mais na ferida... E, o quer espera este país... já em nada nos surpreende.
"A municipalização da educação está a ensaiar os primeiros passos em contexto estratégico favorável, prudentemente escolhido" (...)"
"Há um fio condutor para esta proposta, qual seja o de impor à Educação nacional o modelo de mercado, agora de mercado municipal. Trata-se de transformar o acto educativo em produto de complexidade idêntica à rotunda ou à piscina municipal. Quer-se apresentar a Educação como um simples serviço, circunscrito a objectivos utilitários e instrumentais, regulado prioritariamente por normas de eficiência. Querem exemplo mais escabroso que o convite para que as câmaras cortem professores, até ao limite máximo de 5% do número considerado necessário, a troco de 12.500 euros por docente abatido?" (texto integral aqui)
De facto, cada vez mais se assiste a uma caminhada (cega... mas de uma cegueira surda) em direcção ao abismo. A Educação em Portugal caminha para o abismo como os ratos do Flautista de Hamelin caminhavam para o rio... E o povo que deve conhecer bem este conto, deveria estar mais prevenido contra estes encantadores de serpentes.
Depois dos políticos decidirem sobre a língua de Camões (insultando-a!) com o acordo Ortográfico, chegou a vez de colocarem nas mãos de um certo grupo de políticos - esses tais que se auto-intitulam de cidadãos eleitos (quantas vezes!!!) para (des)governar a polis ... o que é bem diferente de "competentes" - o destino educativo de uma ou mais gerações. Que triste! os que deveriam governar a Educaçãod e um país deveriam ser aqueles que a ela se dedicam a tempo inteiro e não uns paraquedistas que, de opinião em opinião (tal como os papagaios que, de palavrinha em palavrinha, lá vão encantando a população!) conseguem chegar à cadeitra da decisão (ministro!).